A Nokia registou prejuízos de 826 milhões de euros no segundo trimestre fiscal deste ano, revelou esta manhã a fabricante, que ainda assim conseguiu aumentar o número de vendas de smartphones Lumia.

Os dispositivos equipados com o sistema operativo móvel da Microsoft são a grande aposta da finlandesa para ultrapassar a crise que vem atravessando, que muitos analistas afirmam dever-se, em grande medida, à incapacidade da empresa para acompanhar a evolução do mercado no segmento dos smartphones. A estratégia passa agora por uma parceria com a Microsoft, que fornece o software e estes últimos meses são encarados como cruciais para perceber se está a resultar.

De acordo com os números agora divulgados, a empresa vendeu quatro milhões de telefones equipados com Windows Phone durante os últimos três meses, o que revela um crescimento face ao trimestre anterior.

Aumentaram também (face ao trimestre anterior e na comparação com um ano antes) as vendas de telemóveis, que se situaram nas 73 milhões de unidades, sobretudo graças ao contributo da linha de entrada de gama a que a Nokia chamou Asha - introduzida em outubro de 2011, quando foram também apresentados os primeiros Lumia.

As receitas de 7,5 mil milhões de euros representam um aumento face aos 7,4 mil milhões de euros obtidos um trimestre antes. Na altura, as vendas geraram 9,3 milhões de euros.

Olhando apenas às receitas de vendas de equipamentos e serviços, o valor (4,02 milhões de euros) ficou 26% abaixo do registado o ano passado na mesma altura (5,47 milhões de euros) e também não conseguiu alcançar os 4,25 milhões de euros obtidos nos primeiros três meses do presente ano.

O segmento dos smartphones registou receitas no valor de 1,54 milhões de euros - uma quebra de 10% face a um trimestre antes de 34% face ao ano anterior. Nos telemóveis as quedas foram menores (1% na comparação com o trimestre anterior e 11% face a um ano antes), com o valor a situar-se nos 2,3 milhões de euros neste segundo trimestre de 2012.

“A Nokia está a tomar medidas para gerir este período de transição. O segundo trimestre do ano foi difícil mas os nossos colaboradores têm demonstrado o seu empenho e determinação no reforço da competitividade da empresa, melhorar o nosso modelo de negócio e gerir os nossos recursos”, afirmou o CEO da companhia, num comentário à apresentação de resultados.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes