A Nokia registou perdas de 150 milhões de euros no primeiro trimestre do ano mas o valor até pode ser visto como positivo pela empresa e pelos analistas já que em igual período de 2012 a marca finlandesa tinha registado um prejuízo de 1,33 mil milhões de euros.

O regresso ao "vermelho" nos resultados financeiros segue-se depois de no último trimestre de 2012 a Nokia ter conseguido um lucro de 439 milhões de euros.

As receitas da tecnológica atingiram os 5,85 mil milhões de euros entre janeiro e março de 2013, um valor que representa uma quebra relativamente aos 7,35 mil milhões registados no ano passado em igual período. No trimestre anterior, o último de 2012, as receitas também tinham sido significativamente superiores, situando-se na casa dos 8,04 mil milhões de euros.

O segmento de Dispositivos e Serviços e a Nokia Siemens Networks foram as principais áreas que ajudaram a minimizar as perdas da empresa nórdica ao corresponderam cada uma a 2,8 mil milhões de euros em receitas. Ainda assim a categoria de smart devices caiu 32% no espaço de um ano e o mercado dos telemóveis baixou 31% relativamente ao primeiro trimestre do ano passado.

No relatório divulgado a Nokia refere que a gama Lumia cresceu 27% entre o final de 2012 e o início deste ano ao terem sido comercializados 5,6 milhões de equipamentos. Em contrapartida a venda de telemóveis caiu 30% para os 55,8 milhões de dispositivos fruto de um mercado competitivo e de uma queda na procura, habitual nos primeiros meses do ano.

De todos os resultados divulgados o diretor executivo da tecnológica, Stephen Elop, preferiu destacar a rentabilidade operacional conseguida pelo terceiro trimestre consecutivo que teve origem nos 563 milhões euros líquidos resultantes de atividades operacionais.

Destaque ainda para o serviço Nokia HERE que aparece pela primeira vez nos resultados financeiros da empresa. Nos primeiros três meses do ano as receitas foram de 216 milhões de euros que não foram suficientes para evitar perdas de 97 milhões de euros, o que mostra a dificuldade da Nokia em monetizar num curto espaço de tempo o mais recente serviço de geolocalização.


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