Depois de ter sido forçada a retrair o investimento no mercado europeu, devido a um litígio de patentes com a Nokia que foi resolvido em 2024, a OPPO está a reforçar o investimento na Europa. Billy Zhang adiantou que a aposta se faz no produto, inovação e melhoria de experiência de utilizador.

Numa entrevista conjunta que se seguiu à conferência de lançamento da série Reno13 na Europa, o presidente de marketing para os mercados internacionais sublinhou a intenção de aumentar o investimento em 500% nos próximos três anos, sem nunca referir valores.  

“Vamos investir em produtos, reforçar o ecossistema, e também em vendas, retalho, expandir o mercado e novos canais”, adiantou, referindo também que o investimento passa igualmente na equipa de marketing e vendas.

A Europa é apontada como um mercado chave para a OPPO e a série Reno12  registou um aumento de vendas de 46%. Este ano a empresa quer também entrar em mais países, na região nórdica e zona de leste.

Ainda assim o executivo da OPPO não quer traçar objetivos em termos de números de vendas nem de quota de mercado. Questionado pelo SAPO TEK, Billy Zhang diz que “os resultados vêm da forma como fazemos uma aproximação ao mercado” e depois de dar provas de qualidade e inovação.

A OPPO quer estar mais perto dos utilizadores para entender as suas expectativas e feedback, com o presidente de marketing internacional a adiantar que vai ficar na Europa nas próximas três semanas para fazer essa aproximação pessoalmente.

Alargar o ecossistema de produtos e dobráveis ainda em estudo

A OPPO anunciou ontem a nova linha Reno13, com smartphones de gama média que se destacam pela fotografia e integração de Inteligência Artificial, como o SAPO TEK deu conta ontem. Na semana passada a marca lançou o OPPO Find N5 mas o smartphone dobrável não vai chegar à Europa, como já tínhamos noticiado.

Billy Zhang confirmou que a intenção da empresa é continuar a reforçar o portfólio em todas as regiões, mas que o vai fazer “passo a passo”, mas garante que não é uma questão e tecnologia. Reconhece que o mercado dos dobráveis está a crescer e que são uma tendência, mas a OPPO quer estar mais preparada para dar resposta aos utilizadores. “Ainda não temos a estratégia madura e estamos em desenvolvimento”, afirmou.

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A integração de funcionalidades de Inteligência Artificial foi também realçada por Billy Zhang, que diz que já é um argumento de vendas e que a marca está a garantir que tem uma oferta com benefícios para os utilizadores.

Na conferência adiantou que a OPPO já tem mais de 50 milhões de utilizadores de inteligência artificial, um número que depois Billy Zhang confirmou que corresponde às vendas globais de smartphones com o Color OS desde 2024, e que vai ser atualizado no MWC. Para já a empresa não está a desenvolver os seus próprios grandes modelos de linguagem, mas aposta em funcionalidades para melhorar a experiência de utilizador.

Na China a OPPO já disse que vai usar o DeepSeek e questionado sobre a estratégia para a Europa Billy Zhang afirmou que a empresa vai sempre cumprir os melhores standards de privacidade e segurança, avaliantdo as capacidades da OpenAI, Gemini e DeepSeek, que são parceiros.

Em mercados internacionais trabalhamos com o Gemini [da Google] e vamos avaliar se usamos o DeepSeek mas vamos cumprir as regras e a legislação”, defende, adiantando que “estamos entusiasmados a ver como esta indústria se desenvolveu e tem tantos players”.

A ideia é democratizar a utilização da IA “para todos os utilizadores” e para já a empresa não está a cobrar nada por estas funcionalidade, com Billy Zhang a garantir que “não estamos a pensar fazer dinheiro com isso”.

Nota da Redação: o SAPO TEK viajou para Milão a convite da OPPO