A pandemia de COVID-19 parece não ter afetado a chinesa Xiaomi, que no segundo trimestre teve uma receita de 53,54 mil milhões de yuans, aproximadamente 45,4 mil milhões de euros. O crescimento de 3,1% face ao mesmo período do ano passado coloca a empresa bem posicionada em tempos de crise de saúde pública. Já o aumento do lucro foi ainda maior, com um crescimento superior a 129%.

A queda de mais de 20% nas vendas de smartphones em todo o mundo também afetou a empresa chinesa, mas, na verdade, os resultados da receita são positivos quando comparados com o período homólogo. Entre abril e junho, a Xiaomi teve lucros de 4,49 mil milhões de yuans, cerca 3,8 mil milhões de euros, tratando-se de um crescimento em relação aos mesmos meses do ano passado.

De acordo com o relatório financeiro, os smartphones representam cerca de dois terços da receita total da Xiaomi, com esta categoria a registar uma descida de 1,2%. Ainda assim, verifica-se um aumento de 99,2% nas vendas de telemóveis premium nos mercados externos, com 28,3 milhões de unidades colocadas, no total, no mercado durante este período.

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Face a estes números, a empresa que também vende outros equipamentos como wearables e televisões, explica que nos primeiros seis meses do ano a pandemia de COVID-19 afetou o negócio da Xiaomi em vários aspetos. No entanto, com o levantamento das medidas de confinamento, um pouco por todo o mundo, o valor das "vendas foi recuperando de forma tangível".

De recordar que depois de em 2019 constar pela primeira vez na lista de maiores empresas do mundo, a Xiaomi voltou a repetir o feito este ano. Recentemente lançou o Mi 10 Ultra, ultrapassando a Huawei e ganhando a liderança no ranking das melhores câmaras em smartphones.

Em Portugal, as vendas de smartphones também registaram uma queda no segundo trimestre do ano, desta vez de 15,4%. Mas a empresa chinesa parece estar cada vez mais bem posicionada no país, com a Xiaomi e a TCL a continuarem a roubar quota à Huawei e Samsung.