A quinta oferta da Oracle sobre a PeopleSoft terminou na passada sexta feira à meia noite recolhendo o apoio de 60 por cento dos accionistas da companhia visada.



Mesmo perante este resultado a administração da PeopleSoft mostra-se indisponível para negociar com a empresa de Larry Ellison voltando a alegar que o preço da oferta é baixo (24 cêntimos de dólar por acção) e escudando-se numa cláusula que a protege de uma aquisição hostil superior a 20 por cento do capital, vulgarmente designada por poison pill.



A situação, poderá arrastar o processo por mais um ano, obrigando a Oracle a voltar a tribunal, tal como já se previa. Para já, e tendo em conta uma carta publicada durante o fim-de-semana, a administração da PeopleSoft não pretende rever a sua posição remetendo mesmo para o encontro anual de accionistas da PeopleSoft que só se realiza no próximo ano.



Neste documento o CEO da empresa, David Duffield mostra-se confiante na posição da administração considerando mesmo que nem os 26 cêntimos por acção da oferta anterior faziam justiça ao valor real da companhia, facto que espera poder provar aos accionistas no referido encontro anual.



O próximo passo esperado é o recurso a tribunal da Oracle para tentar remover a cláusula de protecção contra o negócio o que segundo alguns especialistas consultados pela Bloomberg dificilmente acontecerá pelo que se espera mais uma batalha judicial longa com novos episódios garantidos pelo menos até meados de 2005.



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