
O grupo espanhol Seresco anunciou a compra de 75% do capital da tecnológica portuguesa F5IT, que opera na área do software de gestão e que é conhecida, sobretudo, pelo trabalho na implementação de soluções da fabricante francesa para o mid-market (Sage X3).
A Seresco é especializada em soluções tecnológicas e transformação digital e explica que o negócio pretende reforçar o seu posicionamento ibérico, um dos focos do plano de expansão da companhia. O negócio com a tecnológica portuguesa está avaliado em 2,5 milhões de euros
A F5IT está no mercado desde 2006 e é Platinum Partner Sage X3. Tem sede em Lisboa e integra 36 colaboradores. Serve cerca de 120 clientes e fechou o ano passado com um volume de negócio de 2,9 milhões de euros.
Em comunicado, a Seresco diz que com a integração da F5IT “solidifica o seu expertise em soluções de gestão”, ao mesmo tempo que aumenta o portefólio de serviços especializados.
A Seresco passa a contar com 87 colaboradores em Portugal depois da aquisição e com escritórios em Lisboa e no Porto. No ano passado o grupo espanhol faturou já 4 milhões de euros em Portugal, onde opera desde 2015, e alcançou um EBITDA de 600 mil euros. Por cá, a Seresco operava através da Seresco Atlântico e da Elo - Sistemas de Informação que tinha comprado em 2023 (77% do capital).
Em termos globais, a empresa faturou 53,6 milhões de euros em 2024, num crescimento de mais de 27% face ao ano anterior. No mesmo exercício melhorou o EBITDA ajustado em 76%, para 8,7 milhões de euros. Para este ano o plano passa por fazer crescer a faturação para 68 milhões de euros e o EBITDA ajustado para mais de 10,5 milhões de euros.
Além de Espanha e Portugal, a Seresco opera na Costa Rica, Colômbia e Peru. Soma cerca de 3500 clientes e 1.200 colaboradores. Em Portugal, conta com serviços e soluções para processamento salarial e de Recursos Humanos, em outsourcing.
Há três anos, a tecnológica anunciou um plano de expansão que previa o crescimento por aquisição nos mercados onde está presente. Exemplo, em 2022 também comprou a SPW, para reforçar a área de Infraestruturas - a tecnológica espanhola centrava o negócio na área da cibersegurança.
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