Se se pensar bem no assunto, a vida da Uber nunca foi particularmente fácil. Este serviço nasceu em 2011, em São Francisco, e desde então tem sido rotulado como “disruptivo” e “ilegal”, entre outros adjetivos não tão corteses. Apesar disso, manteve-se firme e deu continuidade às suas operações, salvo certas exceções em que foi literalmente expulsa deste ou daquele país por mandados judiciais ou pela criação de novas leis, como aconteceu na Hungria.

Neste segundo trimestre ficou patente a fragilidade da Uber face à animosidade de que tem sido alvo e à concorrência feroz, por parte de rivais como a Lyft. Segundo a Bloomberg, entre os meses de abril e junho, o serviço digital de transportes sofreu uma perda de 750 milhões de dólares. Este valor ficou acima dos cerca de 520 milhões perdidos no trimestre imediatamente anterior.

No entanto, neste segundo trimestre a empresa conseguir ultrapassar os 1.000 milhões de dólares em receitas líquidas, o que reflete um aumento face aos 960 milhões dos primeiros três meses do ano.

A Uber é hoje vista por muitos como um serviço que opera à margem da Lei e é considerada uma autêntica abominação aos olhos dos taxistas de todo o mundo. Mas os argumentos usados pelos adeptos dos movimentos “Uber aqui não” podem perder a sua razão de ser já no fim do verão.

Como o TeK já tinha noticiado, o Governo português já tem pronto um pacote de medidas legislativas cujo objetivo é integrar legalmente a Uber e outras empresas congéneres, como a Cabify.

Já no outro lado do mundo, a tecnológica está a fazer as malas e a preparar-se para deixar Macau. Diz o Diário de Notícias que, depois de ter acumulado mais de um milhão de euros em multas, a empresa está de saída, depois de o governo da Região Administrativa Especial da República Popular da China ter dito que não está ainda pronto para discutir a legalização deste tipo de serviços.