A Portugal Telecom fechou os primeiros nove meses do ano com lucros na ordem dos 527 milhões de euros. O número apurado representa um crescimento de 46,2 por cento face ao mesmo período do ano passado.



Nas receitas, a operadora atingiu os 4.708 milhões de euros num crescimento de 0,8 por cento, enquanto o EBITDA se fixou nos 1.685 milhões de euros, melhorando 5,6 por cento.



Ainda assim a empresa sublinha o impacto negativo nos resultados das redução nas taxas de interligação implementadas ao longo dos primeiros nove meses do ano. De acordo com dados fornecidos pela empresa em conferência de imprensa, TMN e PTC foram penalizadas em 57 milhões de euros com estas alterações.



Pela positiva a empresa beneficiou do começo mais tardio do programa de redução de efectivos, da redução de benefícios aos colaboradores e do rebalanceamento dos canais de vendas. No que refere à redução de efectivos a operadora este ano já chegou a acordo com 470 trabalhadores para a rescisão de contratos (até ontem). No próximo ano o plano de redução visa um mínimo de 500 trabalhadores.



Por áreas de negócio destaca-se nos resultados da PT a perda de 34 mil clientes nos serviços de TV por subscrição (2,3 por cento), uma tendência que a empresa reconhece acrescentando que no último trimestre o número de adições líquidas da TV Cabo já aumentou, bem como o ARPU, resultado da adesão a novos serviços como o Funtastic Life.



Também na rede fixa a PT perdeu clientes no período em análise, 53 mil ou 1,2 por cento da sua base de 4,4 milhões. No móvel o número de subscritores permaneceu quase inalterado, enquanto na banda larga fixa (cabo e ADSL) o número de subscritores aumentou 13,3 por cento para pouco mais de um milhão.



Nas receitas a tendência negativa marca a performance da rede fixa e da TMN. A primeira desce as suas receitas operacionais em 6,6 por cento para 1,4 mil milhões de euros, enquanto a segunda fixa a receita nos mil milhões numa queda de 2,4 por cento.



Henrique Granadeiro também referiu que a PT está disponível para reduzir a factura telefónica ao cliente, assim que seja autorizada a incluir minutos de conversação na assinatura. O responsável sublinhou a boa aceitação dos planos de preços já disponíveis no mercado com 2,600 milhões de subscrições activas.



Sobre a OPA, o presidente do grupo sublinhou a demora no processo de apreciação da oferta por parte dos reguladores, admitindo que a empresa "não tem qualquer interesse no prolongamento desta situação". Henrique Granadeiro considerou "que estamos numa situação de black out informativo" referindo-se à falta de informação que o grupo alegadamente tem por parte dos reguladores.



No que se refere ao lançamento de novos serviços a PT reitera a intenção de adicionar voz ao cabo ainda este ano e garante que também já deu início ao piloto de IPTV.



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