A Blockchain surgiu há sete anos e é atualmente a mais popular carteira de criptomoedas do mundo, tendo uma fatia de cerca de 30% do mercado. De forma a ajudar as pessoas que ainda não estão familiarizadas com as moedas virtuais, o cofundador da empresa lançou um “giveaway” para oferecer Stellar Lumens (XLM) aos participantes no Web Summit, uma oferta equivalente a um total de 126 milhões de dólares. A introdução, na sua intervenção no Web Summit, serviu de mote à discussão da criptomoeda, fazendo um balanço daquele que seria o “ano” da explosão da moeda descentralizada, o que sabemos, ficou muito aquém das expetativas.
As dúvidas e a “guerra” declarada dos grandes grupos e governos são o principal entrave à Bitcoin e outras criptomoedas, tendo o “plano” sido adiado para o próximo ano. Mas será assim? A Bitcoin desvalorizou face ao ano passado, mas segundo a explicação, em tom sarcástico, de Tim Draper, fundador da Draper Associates, “foram as outras moedas que andaram a oscilar, até desaparecerem do mercado”.
O grande desafio das empresas é mudar o pensamento das pessoas, dar-lhes a conhecer este “novo mundo económico” e sobretudo, “combater” os políticos de forma a descentralizar a moeda, dando o exemplo da China que tornou a utilização da Bitcoin ilegal. Felizmente, salientam, existe já o reverso da moeda, e certos governos, como a Venezuela já tornaram as moedas virtuais como oficiais. “É tudo uma questão de mentalidade”, salienta.
Ainda assim, nem tudo foi mau em 2018, pois segundo o responsável da Blockchain houve um aumento significante de utilizadores e uma maior abertura à moeda virtual, mas ainda assim, embora continuem a ser “migalhas” perante o mundo financeiro convencional.
Sem “papas na língua”, os oradores mantiveram a sua declaração de guerra às grandes corporações financeiras, que centralizam as moedas, tais como a Google e Amazon. Referem que o mercado centralizado é limitado, construído em bases e conceitos pré-definidos. No caso da Blockchain, cada um dos seus utilizadores tem uma “chave” da empresa, e por isso é em parte também dono da rede, salienta Peter Smith.
“A moeda não deveria ser centralizada. Os Estados imprimem dinheiro quando necessário, muitas vezes sem critérios. A moeda deve ser merecida e utilizada para pagar tudo o que se deseje”, salientou Tim Draper, passando depois ao “ataque” às entidades bancárias: “As pessoas não têm qualquer poder sobre o seu dinheiro nos bancos. Os bancários utilizam o seu dinheiro para seus próprios ganhos”. Mas no fim, concluem que acreditam que existem governos preocupados com as pessoas e que estão a abrir os horizontes à moeda virtual.
Em género de conclusão, e continuando a “puxar a brasa à sua sardinha”, os oradores salientam que as moedas convencionais são localizadas, enquanto que as criptomoedas são verdadeiramente moedas globais. Neste cenário, uma pessoa na Nigéria poderia aceder à mesma moeda que outra nos Estados Unidos, tornando as transações completamente transparentes.
Por fim a frase de Tim Draper que ficou como mote para 2019: “Quando as pessoas puderem utilizar criptomoeda para comprar um café no Starbucks, o mundo vai despertar para a moeda virtual e o paradigma vai mudar…”
O Web Summit vai durar até dia 8 e que tem 25 conferências dentro da cimeira, vários palcos e centenas de oradores que o SAPO TEK vai acompanhar intensamente e que trará muitas notícias e imagens do nosso diário do Web Summit. Acompanhe as novidades connosco.
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