Desde janeiro a maio deste ano, a Defesa do Consumidor (Deco) recebeu um total de 3.500 reclamações relativas às compras online, o que significa um aumento de 250% face ao número registado no período homólogo do ano passado. Em declarações à Lusa, Paulo Fonseca, da Deco, afirma que os produtos que envolveram mais reclamações foram os bens eletrónicos, eletrodomésticos, vestuário, calçado e brinquedos.

Entre as situações mais denunciadas, estão as dificuldades na contratação, na entrega dos respetivos bens, assim como a segurança dos meios de pagamento. "A oferta de lojas digitais aumentou, mas também o número de burlas, nomeadamente em websites de anúncios e redes sociais, que levaram a que muitos consumidores tivessem ficado sem o bem e o valor pago", refere Paulo Fonseca.

As situações mais frequentes são os problemas com a demora nas entregas dos bens adquiridos, mas a Deco salienta também o desconhecimento sobre as regras dos prazos de entrega, assim como os direitos do consumidor. Por isso, destaca que 80% dos casos acabam por ser resolvidos pela Associação da Defesa do Consumidor, que salienta a importância da literacia dos consumidores. Deixa ainda o apelo às empresas que reforcem os canais digitais com a informação correta sobre os serviços de entrega e o apoio ao cliente.

Para ajudar os consumidores, a Deco lançou um novo website com informação sobre quem, onde e como comprar, assim os locais onde podem reclamar. "A Deco acredita que, com informações sobre os seus direitos digitais, o consumidor teria evitado muitos dos atuais conflitos nas compras em linha", disse Paulo Fonseca. O objetivo do website é tornar os consumidores nos “professores das empresas” de vendas online.

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