As principais operadoras de telecomunicações surgem no topo das reclamações durante 2022, mas também bens de consumo, serviços financeiros e turismo registam maus resultados.
A tendência global é de descida, mas o número de queixas apresentadas à Anacom continua a ter em destaque a demora na resolução de falhas de serviços. A Vodafone fechou o trimestre em contraciclo com a concorrência, com mais reclamações que há um ano.
A delegação do Alentejo da DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor denunciou à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) a alegada “fraca qualidade do serviço” de comunicações eletrónicas existente numa aldeia da região.
Segundo a Deco Proteste, as principais queixas relativas ao setor das comunicações eletrónicas, onde a MEO, NOS e Vodafone se destacam pela negativa, relacionam-se com dificuldades na mudança de prestador de serviços e problemas com a Internet.
Houve um aumento de 1% em relação a 2020, sendo as comunicações eletrónicas aquelas que receberam mais reclamações. A NOS foi a operadora com mais queixas.
Desde o início do ano até 15 de julho, o Portal da Queixa recebeu 943 reclamações dos consumidores relacionadas com cartões de crédito e pagamentos, num aumento de 130% face ao mesmo período no ano passado. Os casos de phishing são um dos principais motivos.
Os encarregados de educação continuam a apresentar reclamações por falhas no Portal das Matrículas. Em causa estão falhas no acesso, bloqueios da plataforma, entre outros problemas técnicos.
O ano de 2020 virou o panorama da cibersegurança às avessas e durante a sessão de abertura do “C Days - Cibersegurança 2021”, Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, destacou que as queixas de ciberciminalidade à Procuradoria-Geral da República registaram um aumento de 182%.
Sem surpresas, as telecomunicações voltaram a ser um dos sectores que mais deu motivos aos consumidores para reclamarem em 2020. As compras online também estiveram em destaque nas queixas à associação.
A BEUC avança que 88% das pessoas que realizaram queixas afirmam que os comandos se estragaram durante os dois primeiros anos de uso. A organização sublinha que a Nintendo deve ser responsabilizada e apela à abertura de uma investigação.
A DECO recebeu mais de 6.500 reclamações relativas ao e-commerce, um reflexo de cada vez mais portugueses a fazer compras pela internet. As regras dos marketplaces ainda não são muito claras.
A organização None Of Your Business defende que a Apple usa códigos IDFA nos seus smartphones sem o conhecimento ou consentimento dos utilizadores. Os códigos podem ser usados pela empresa e terceiros para perceber quais são as suas preferências e para apresentar anúncios personalizados.
A Apple prometeu poupanças com o novo iPhone 12 mas Pedro Lourenço, CEO do Portal da Queixa, Fundador da Consumers Trust e embaixador da Comissão Europeia para os Direitos do Consumidor, desmonta os argumentos neste artigo de opinião.
Só em maio, o portal Reclamar da DECO recebeu perto de 30 reclamações sobre a demora ou falta de entrega de encomendas pagas que foram feitas no website da 365 Inbox.
O regulador do mercado recebeu, em 2019, cerca de 71,8 mil reclamações relativas aos serviços de telecomunicações, numa quebra de 1% face ao ano passado.
O sector das telecomunicações, energia e água lideram as queixas dos utilizadores entre 2010-2019. Só em 2019 foram registados 343.310 contactos dos consumidores.
As telecomunicações e a internet encaixam no sector onde os portugueses identificam mais falhas de concorrência, revelam os dados de um estudo europeu divulgado hoje. Ao mesmo nível está a energia, onde a perceção de falta de concorrência é igual.
Os números da Anacom mostram uma quebra de reclamações apresentadas nas telecomunicações, que diminuíram 4,5% no total de 2018, mas uma subida significativa nas queixas sobre o sector postal.
Os serviços prestados pelas operadoras MEO, NOS, Vodafone e Nowo continuam a gerar um grande número de reclamações por parte dos consumidores. E as compras online vêm (novamente) logo atrás.
Há várias operadoras de aluguer de carros online visadas nas queixas dos utilizadores, que têm vindo a crescer e que já chegam perto do milhar só no primeiro semestre. Os consumidores estão desprotegidos.
A plataforma de mobilidade teve mais do dobro das reclamações nos primeiros cinco meses de 2018 em comparação com o ano anterior. As cobranças indevidas e tarifas abusivas estão no topo das insatisfações dos utilizadores.
A Autoridade Nacional de Comunicações exige que operadoras respondam às queixas dos clientes com uma “linguagem clara e acessível” e que prestem “informação completa”. As regras entram em vigor a partir de 1 de julho.