Ainda sob a tutela do Ministro Mariano Gago, Portugal lançou, entre 2006 e 2008, alianças com três universidades norte-americanas e uma sociedade alemã que agora são reforçadas no âmbito da nova estratégia.

No seguimento das várias propostas que o Governo aprovou na reunião de Conselho de Ministros desta quinta-feira para melhorar a estratégia de inovação do país, são hoje renovadas as parcerias entre Portugal e a Universidade do Texas, a Sociedade Fraunhofer, o Instituto de Tecnologia do Massachusetts (MIT) e a Universidade Carnegie Mellon.

Os acordos preveem a continuidade por mais 10 anos e o investimento previsto do programa GoPortugal – Parcerias Globais de Ciência e Tecnologia para Portugal contempla um  investimento de 64 milhões de euros até 2023. Na última década, Portugal financiou estas quatro parcerias com cerca de 120,5 milhões de euros. 

Centrando-se em temas como a computação avançada, as interações com o atlântico, a nanotecnologia e física médica, a investigação colaborativa entre o Governo português e a Universidade do Texas, em Austin, vai ainda contar com o apoio de 10 empresas, entre as quais, a IBM Portuguesa, a Abyssal e a Tekever.

A aposta no impacto da transformação de ciência em tecnologias de grande valor internacional vai  continuar com a colaboração com a rede UTEN (University Technology Enterprise Network) a manter-se.

Na área da computação avançada, o que se pretende é capacitar Portugal de todos os recursos necessários à modelação digital e à ciência de dados, de forma a alavancar a investigação espacial e de observação da Terra para explorar os ativos mais valiosos do país, nomeadamente nas áreas do novo AIR Center.

No que respeita à física médica, há o objetivo de uma maior capacitação e treino em  tecnologia nuclear de protões de alta energia com vista a terapias oncológicas promissoras através de uma colaboração com o MD Anderson Cancer Center.

Para a nanotecnologia quer estabelecer-se uma nova agenda de investigação e inovação que vise uma abordagem integrada para o desenvolvimento de materiais novos e complexos para novos mercados.

Também a investigação na área da Agricultura de Precisão vai ser reforçada com a assinatura de um memorando de entendimento entre a sociedade Fraunhofer-Gesellschaft e a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Dez anos depois do primeiro acordo para a criação de um centro de investigação Fraunhofer em Portugal, o programa de investigação aplicada em Portugal vai ser renovado e servir de base para o lançamento de um novo centro tecnológico, com dois pólos, um na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Doutro (UTAD) e outro na Universidade de Évora.

Este entendimento pretende impulsionar uma parceria estratégica que promete servir de estímulo à transformação do setor agroindustrial em Portugal.

Já a parceria com o MIT, que vai ter a sua sede na Universidade do Minho, vai focar-se na área do espaço, do clima, das interacções oceânicas e das tecnologias oceânicas.

O acordo com a Universidade Carnegie Mellon, cuja missão seria colocar Portugal na vanguarda da inovação em áreas focadas nas tecnologias de informação e comunicação, irá centrar-se na ciência dos dados, concretizando-se na abertura de concursos para projectos de investigação e bolsas de doutoramento.

Também no âmbito do entendimento com a universidade norte-americana, a Altice Portugal assinou um protocolo com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e tornou-se uma das parceiras industriais do programa Carnegie Mellon Portugal.

Com esta relação colaborativa, a empresa de Alexandre Fonseca compromete-se a reforçar o investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) e a criar emprego qualificado até 2030.

Nota de Redação: A notícia foi editada para acrescentar informações relacionadas com as parcerias com o MIT e a Universidade Carnegie Mellon