São várias as propostas que o Governo se prepara para aprovar na reunião de Conselho de Ministros da próxima quinta-feira, com o objetivo de melhorar a estratégia de inovação do país.

Uma das metas do Governo nesta estratégia, anunciada por António Costa esta quarta-feira, durante o debate quinzenal da Assembleia da República, citado pela Lusa, será democratizar o acesso ao ensino superior.

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Está também prevista a aprovação de um programa que inclui o apoio a novos acordos de colaboração entre Portugal e a Carnegie Mellon University, o Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), a Universidade do Texas, em Austin, e a Sociedade Fraunhofer.

Um outro ponto será a aprovação de Lei da Ciência “para modernizar o regime jurídico das instituições que se dedicam à investigação científica e desenvolvimento tecnológica” e de forma a reforçar “as condições de emprego científico e qualificado”.

Uma segunda prioridade anunciada pelo primeiro-ministro para o Conselho de Ministro de quinta-feira, é "melhorar o quadro de transferência e absorção de conhecimento" pelas empresas, apostando ainda na internacionalização da economia.

O Governo, segundo António Costa, tem uma agenda para a sustentabilidade do crescimento económico para convergir com a Europa até 2030, assumindo três prioridades, a começar pelo reforço da capacidade de I&D, apostar na inovação empresarial e garantir a qualificação dos recursos humanos.

Só com “uma sociedade do conhecimento e uma economia da inovação” se pode “fazer diferente" para “criar mais e melhor emprego”, “aumentar o peso das exportações para 50% do PIB” e conseguir “uma década de convergência sustentada com a União Europeia”.

Na quinta-feira, serão criados os primeiros seis laboratórios colaborativos, associando instituições científicas e académicas, privilegiando áreas como a floresta, as interações atlânticas, a cultura de montanha, a vinha e o vinho do Douro e a valorização das algas.

Está ainda previsto o lançamento de uma parceria com o Instituto Fraunhoffer para um novo centro tecnológico, sobre agricultura de precisão, com dois pólos, um na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Doutro (UTAD) e outro na Universidade de Évora.