Para o bem e para o mal, a fortuna do homem mais rico do mundo, Elon Musk, está fortemente ligada à performance das empresas que o bilionário criou e gere, como a Tesla. Em 2022, essa ligação profunda, traduzida em ações, tem trazido mais dissabores do que alegrias, mesmo que se saiba que as perdas de hoje podem ser os ganhos de amanhã.
Elon Musk terá perdido 40% da fortuna desde novembro, altura em que a sua riqueza chegou a estar avaliada em 340 mil milhões de dólares, de acordo com o Índice dos mais ricos do mundo da Bloomberg. Um dos fatores de peso nestas contas é precisamente o valor das ações da Tesla, que este ano já caíram 45% e com elas o valor da fortuna de Musk, que rondará agora os 201 mil milhões de dólares. Desde o início do ano, as perdas no património rondam os 70 mil milhões de dólares.
Jeff Bezos, fundador da Amazon, e segundo mais rico do mundo, terá agora para gerir uma fortuna avaliada em 131 mil milhões de dólares, depois das ações da Amazon terem caído 37% desde o início do ano, provocando um rombo de 40% no património do bilionário.
Na verdade, no top 20 dos mais ricos do mundo, em que oito são homens da tecnologia, nenhum conseguiu aumentar a fortuna este ano. Mark Zuckerberg, por exemplo, que ocupa a 13ª posição desta tabela, já viu os seus ativos desvalorizarem 54,1 mil milhões de dólares desde janeiro. Bill Gates, 4º na tabela dos mais ricos, terá perdido 21,7 mil milhões de dólares e gere agora uma fortuna de 116 mil milhões. Já Larry Page e Sergey Brin, fundadores da Google, agora gerida pela Alphabet, viram as respetivas fortunas desvalorizar em 29 e 28 mil milhões de dólares, para 99 e 95 mil milhões de dólares.
A Bloomberg estima que, no seu conjunto, os bilionários norte-americanos - das tecnologia e restantes áreas - tenham já perdido 800 mil milhões de dólares desde novembro do ano passado, altura em que o seu nível de riqueza atingiu um ponto máximo.
O exemplo destes dois milionários, e dos restantes, também se reflete na riqueza das famílias americanas, como um todo, que desde o início do ano terá caído entre 5 e 8 biliões de dólares, segundo uma análise da JPMorgan Chase. O segundo semestre do ano não se prevê melhor, e as perdas acumuladas na riqueza das famílias nos EUA podem chegar aos 9 biliões de dólares.
Como mostram os dados da Reserva Federal dos Estados Unidos, famílias e organizações sem fins lucrativos americanas detinham no final do ano passado uma riqueza avaliada em 170 biliões de dólares. Mais de metade desse valor reflete-se em imóveis ou ações, pelo que as oscilações do mercado de capitais têm um forte impacto na economia doméstica de um país com o impacto que se conhece no consumo a nível mundial. E, como também calculam os especialistas, por cada dólar a menos na liquidez das famílias, são dois dólares a menos que chegam ao consumo.
A marcar os acontecimentos está uma perda de 20% no valor das empresas do índice S&P 500, que chega aos 30% se a análise se estender às 100 maiores do Nasdaq, como sublinha a Business Insider. Outro sinal de arrefecimento da economia é a evolução do mercado de criptomoedas, que no final do ano passado esteve ao rubro, com a Bitcoin a atingir o seu máximo histórico, e este ano já perdeu metade do seu valor.
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