A SAP Portugal, empresa de soluções de software empresarial, anunciou hoje em conferência de imprensa os seus resultados financeiros relativos a 2002, aproveitando ainda para revelar a estratégia de mercado para o presente ano.

Pela voz do seu director geral, Joaquim Jesus dos Santos, a empresa anunciou o ganho de quota de mercado, crescendo 4 por cento, com um crescimento superior ao do mercado de software e do mercado global de Tecnologias de Informação, que segundo a IDC Portugal diminuiu 4,9 por cento em 2002. No que diz respeito aos números das receitas, estes cifraram-se em 48 milhões de euros (mais 1,8 milhões do que em 2001), apontando agora o director geral para a meta dos 50 milhões de euros para 2003.

Quanto aos sectores em que a SAP Portugal cresceu mais no ano transacto, o destaque foi para a área do sector público, que representou 20 por cento nas receitas de licenças da empresa no mesmo ano, duplicando mesmo a facturação em relação a 2001.

Outro aspecto que mereceu destaque nesta conferência foi o facto de a SAP não só ter mantido a estrutura de recursos humanos como ainda a ter reforçado, passando de 128 para 133 empregados, factor que, segundo os seus responsáveis,
contribuiu decisivamente para satisfação dos seus clientes e consequentemente para os "bons resultados" obtidos.

O grosso das receitas da empresa (75 por cento), derivou da venda de produtos (incluindo licenças e manutenção), que cresceram 5,3 por cento em 2002, facto associado em exclusivo ao portal mySAP Business Suit, que representou a totalidade dos novos contratos da empresa (entre os quais destacam o contrato com o Banco Espírito Santo).

No que diz respeito aos Serviços (segunda fonte de receitas), esta área decresceu ligeiramente passando de 11 milhões de euros em 2001 para 10,7 milhões em 2002, facto justificado pela conjuntura do mercado.

Quanto aos objectivos para 2003, a SAP Portugal espera continuar a crescer (entre 5 e 10 por cento, tomando como segura a retoma da economia) dirigindo-se a quatro mercados considerados fundamentais: a base instalada, através do portfólio mais abrangente; a administração pública, onde a importância da integração de sistemas de informação é considerada decisiva para facilitar compras electrónicas do Estado e ainda na criação do portal do cidadão; a banca, que vai rever os seus sistemas de informação; e finalmente as pequenas e médias empresas, que, no caso português são maioritárias no tecido económico.

Para este último sector, considerado decisivo para a SAP Portugal, vai ser mesmo criado o serviço Smart Business Solutions, procedendo-se, para o efeito, ao recrutamento de novos parceiros para o canal de venda indirecta, assim como o lançamento de novos produtos como o mySAP All in One e SAP Business One - destinados às pequenas empresas com processos de negócio de menor complexidade e que, em Portugal, estará disponivel no Verão. Presentemente, cerca de 70 por cento das empresas clientes da SAP Portugal pertencem ao mercado de venda indirecta, o objectivo da empresa a nível nacional e global é de que, em 2003, este segmento represente 20 por cento a nível nacional.




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