Os dados constam de um relatório intitulado "O futuro da Europa é a ciência" do STAC, o órgão que aconselha o presidente da Comissão Europeia em assuntos científicos e baseiam-se nos resultados do eurobarómetro "Public perceptions of Science, Research and Innovation".

A parte do relatório consagrada ao emprego, às TIC e ao ensino debruça-se sobre os desafios associados ao processamento do crescente volume de informações, principalmente online.

A recomendação vai no sentido de que a UE e os Estados-membros centrem esforços em ensinar novos e velhos a "aprender a aprender", para que a aquisição de conhecimentos e aptidões e a formação do pensamento crítico possam ser obra de toda uma vida.
O relatório destaca também aspetos como a impressão 3D, a evolução das TIC e as tecnologias de comunicações móveis.

Na área da saúde e cuidados médicos, os resultados da análise, divulgados esta segunda-feira durante uma conferência realizada na Fundação Champalimaud em Lisboa, destacam as oportunidades potenciais da medicina personalizada, das tecnologias de potenciação do rendimento, da imagiologia cerebral e do microbioma (micróbios presentes no corpo humano) para ajudar a compreender melhor as doenças e a combatê-las mais eficazmente.

Na parte da análise relacionada com o ambiente, clima e energia, menciona-se a investigação centrada na substituição de materiais existentes ou na descoberta de novos materiais (por exemplo, o grafeno), bem como o potencial de criação de indústrias de base biológica. O relatório recomenda que os investimentos na exploração dos recursos sejam avaliados em função da sua sustentabilidade.

Por último, a análise descreve a visão do STAC "para uma sociedade europeia guiada pelo conhecimento, em que sejam os cidadãos a decidir do futuro da Europa, compartilhando conhecimentos e experiências".

Elogiando as atividades da Comissão no domínio científico, o relatório recomenda que estas sejam associadas à definição das políticas, "para que a Europa possa ir desde já preparando o futuro além do Horizonte 2020".

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico