Servidores seguros em Portugal abaixo da média europeia

31 mar 2004 08:05

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Considerado um bom indicador das infra-estruturas de cada país utilizadas no comércio electrónico, Portugal tinha em 2002 apenas 2,1 servidores seguros por cada cem mil habitantes, revelam dados da OCDE compilados pela Anacom.

Em 2002 existiam em Portugal 2,1 servidores seguros por cada cem mil habitantes, revelam dados da OCDEreunidos pela Anacom num livro sobre "Comércio Electrónico e o Negócio". Este indicador é um dos pontos a ter em atenção para aferir do sucesso do comércio electrónico em cada país, uma vez que revela o número de servidores com software seguro, onde normalmente correm operações de comércio electrónico ou trocas de informação privilegiada através da rede. A média de servidores seguros por cem mil habitantes na União Europeia era, no mesmo período, de 8,8, contra os 37,5 dos Estados Unidos.

No que respeita às empresas nacionais com Internet, os números são mais animadores, revelando que 72 por cento das empresas têm acesso à web. Contudo, entre as presentes na Internet, apenas 11 por cento realizam compras através deste canal, face a uma média europeia de 26 por cento.

As grandes empresas são as que mais recorrem à Internet para fazer as suas compras, que ainda assim rondam 1 por cento do total de compras efectuadas, revelam dados de 2002 do Eurostat. Por sectores, os transportes e comunicações são quem mais compra (17 por cento das empresas que têm presença online. O argumento com maior peso na decisão de realizar negócios através da Internet tem a ver com a simplificação de tarefas, seguida da velocidade de processamento das operações com 11 e 10 por cento, respectivamente.

Na perspectiva do utilizador, apenas 5 por cento dos internautas confirmam fazer compras via Internet, revelam dados da IDC publicados no livro. Segundo os mesmos números, 24 por cento dos internautas não estão interessados no comércio online mesmo sem ter ainda visitado uma loja virtual, outros 50 por cento afirma já ter visitado uma loja virtual, embora não tenha interesse em utilizar.

A desconfiança no canal Internet está no centro do desinteresse dos internautas com cerca de 85 por cento dos utilizadores de Internet a afirmarem já ter ouvido falar em processos de fraude envolvendo pagamentos com cartões de crédito na Internet.