A primeira fase de votação da fusão entre a Hewlett Packard e a Compaq deu uma vitória, ainda que por uma margem mínima, a Carly Fiorina, directora executiva da HP, já que a maioria votou a favor daquele que será ao maior negócio de sempre do sector. Perante este primeiro resultado – que ainda não foi certificado pela entidade independente IVS Associates, responsável pelo processo de votação –, Walter Hewlett afirmou já que é ainda muito cedo para determinar se de facto a fusão se vai concretizar, ou não.



Considerada escassa, mas suficiente, a margem de voto favorável superou em 1 por cento os votos contrários, onde se incluem as famílias Hewlett e Packard.



Perante a perspectiva da fusão ser aprovada alguns funcionários começam já a revelar algumas preocupações como é o caso do processo se dar numa altura em que as empresas envolvidas enfrentam algumas dificuldades nos seus principais sectores, prevendo uma fusão mais complicada do que a administração está à espera.



Mas, as preocupações dos funcionários referem-se também à possibilidade de existirem despedimentos – a HP afirma que cerca de 15 mil postos de trabalho serão eliminados – e do impacto negativo que a fusão poderá vir a ter na "moral" da força laboral.



Todavia, as críticas não vão só no sentido dos despedimentos e, segundo o serviço noticioso Wirednews, alguns accionistas são da opinião de que a HP vai pagar dinheiro a mais pela Compaq, um argumento que segundo Carly Fiorina não fará sentido daqui a um ano.



Apesar da aprovação do Institutional Shareholder Services – uma empresa de aconselhamento de grandes investidores – e das entidades reguladoras europeias e canadianas esta votação foi classificada de "mesmo à justa", em parte devido à campanha levada a cabo pelo membro da direcção Walter Hewlett, que se opõe ao processo.



Entre os oponentes à fusão encontram-se a California Public Employees Retirement System, o New York State Teachers Retirement System, o Ohio Public Employees Retirement System, o Banc of America Capital Management, Wells Fargo e Brandes Investment Partner.



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