Ao que tudo indica, a Benchmark Capital, uma das maiores investidoras da Uber, e Travis Kalanick, ex-diretor executivo da empresa de transportes privados, fizeram as pazes, o que permite o desbloqueio de qualquer operação estratégica.

Depois de colocar Kalanick em tribunal, com acusações de fraude, quebra de contrato e de confiança e com o objetivo de anular a votação para os lugares extra que foram criados na direção da Uber, a Benchmark retirará a denúncia caso se concretize a venda de uma participação do capital da plataforma de transportes ao grupo japonês de telecomunicações Softbank.

“Entrámos em acordo com um consórcio liderado pela SoftBank e pela Dragoneer a propósito de um potencial investimento. Acreditamos que este acordo é um forte voto de confiança no potencial a longo prazo da Uber. Uma vez fechado, ajudará a alimentar os nossos investimentos em tecnologia e na nossa continuada expansão em ‘casa’ e lá fora além de fortalecer a nossa governança corporativa”, lê-se em comunicado enviado para a imprensa.

O acordo prevê um investimento até mil milhões de dólares no capital da Uber e que nas próximas semanas, o consórcio liderado pelo SoftBank e Dragoneer possa apresentar uma nova oferta de compra de até 9 mil milhões de dólares de acções da plataforma digital norte-americana.

Segundo o TechCrunch, e de acordo com fontes internas, a oferta do SoftBank será feita no dia 28 de novembro, ficando aberta por 20 dias úteis para os interessados.

Com esta transação, a empresa poderá entrar na Bolsa até 2019, desejo que já tinha sido manifestado pelo atual CEO, Dara Khosrowshahi, e poderá ultrapassar os vários escândalos dos últimos meses.