Está formalmente fechada a aquisição da iMobileMagic pela Smith Micro Software. O processo está agora em fase de transição, mas pouco vai mudar no modelo de trabalho da startup de Braga. Por enquanto e não só.

A relação entre as duas empresas de continentes diferentes começou em 2014 com o contacto por parte da portuguesa, evoluiu para um co-marketing agreement, que acabou por culminar numa aquisição tornada oficial no final de julho.

O interesse da cotada norte-americana pela startup de Braga centrou-se essencialmente nas soluções móveis de localização e controlo, destinadas a aumentar a segurança de crianças e idosos, por exemplo. Não descura, no entanto, outras áreas em que a iMobileMagic tem vindo a apostar, como o content filtering e o desenvolvimento de serviços à medida, como foi referido esta segunda-feira, pelo CEO da Smith Micro, Bill Smith, numa conferência de imprensa em Lisboa.

Já do lado da empresa portuguesa o maior interesse é a conquista de novos mercados, nomeadamente o norte-americano. Marco Leal explicou ao TeK, à margem da conferência, que a equipa vai continuar a trabalhar como dantes e de forma “mais ou menos independente”.

A aquisição aconteceu porque foram assegurados vários aspetos, referiu o CEO da iMobileMagic, desde a permanência de toda a equipa à autonomia criativa.

“Acima de tudo quisemos garantir que continuávamos a poder traçar o nosso rumo, o rumo que tínhamos alinhado para o nosso desenvolvimento. Se o plano adotado fosse completamente desalinhado daquilo que eram os objetivos da iMobileMagic obviamente que não faria sentido”.

A empresa de Braga vai por isso continuar a desenvolver produtos e serviços, a partir de Braga, mas com uma força de vendas que lhe vai permitir acelerar os processos de engenharia. “Continuamos a trabalhar como dantes. A única coisa que mudou face ao que fazíamos antigamente foi a ambição, que agora é muito maior. Temos acesso a uma força de vendas que não tínhamos até este momento e podemos, muito rapidamente, acelerar as nossas vendas a uma velocidade que antigamente não era possível”.