Os dados fazem parte do Inquérito ao Emprego, relativo ao 4.º trimestre de 2023, que foi ontem divulgado pelo INE e revelam uma ligeira subida face ao terceiro trimestre do ano. Segundo a informação, "a proporção da população empregada em teletrabalho, isto é, que trabalhou a partir de casa com recurso a tecnologias de informação e comunicação, foi de 17,8% (886,6 mil pessoas), mais 1,2 pontos percentuais (p.p.) do que no 3.º trimestre de 2023".

O trabalho remoto, ou teletrabalho, foi adotado por muitas empresas de forma generalizada durante a pandemia de COVID-19 mas em alguns casos as organizações promoveram o regresso ao trabalho presencial, ou a modelos híbridos, que conjugam alguns dias no escritório com o trabalho em casa.

No relatório o INE faz a separação entre os que trabalham em casa e os que fazem teletrabalho, que são a larga maioria (95,5%). Indica ainda que, entre os empregados que trabalharam em casa, 25,7% (238,7 mil) fizeram-no sempre, enquanto 34,6% (320,9 mil) trabalham em casa regularmente, mediante um sistema que concilia o trabalho presencial e remoto. Apenas 14,8% trabalharam em casa pontualmente, e 24,4% fizeram-no fora do horário de trabalho, um caso que está a crescer .

INE Teletrabalho 4º trimestre 2023

Os empregados que estão num sistema híbrido trabalharam em casa alguns dias por semana, e o sistema de combinação mais comum foi o que conjuga alguns dias por semana em casa todas as semanas (72,5%, que corresponde a 232,6 mil empregados). Em média, sistema é de três dias por semana em casa.

Reforce a produtividade com 8 ferramentas de IA que vão ajudar a organizar o trabalho em 2024
Reforce a produtividade com 8 ferramentas de IA que vão ajudar a organizar o trabalho em 2024
Ver artigo

Ainda segundo a informação partilhada, a maioria (mais de 500 mil) utilizaram computador e smartphone, enquanto 239 mil só usaram o computador. As redes privadas virtuais (VPNs) são também utilizadas pelas maior parte dos profissionais - 57% - sendo que em termos de ferramentas o correio eletrónico domina, com 97,1% de utilização, seguido da videoconferência com 77,7% e aplicações Web, extranet, com 63%, e pastas partilhadas na nuvem com 68,9%.

Dados recentemente avançados pela Talent Portugal revelam que os regimes de trabalho flexíveis vieram para ficar. De 204 organizações portuguesas que participaram na mais recente edição do Diretório de Empresas, 55% permitem teletrabalho.