Substituir as Lojas do Cidadão por quiosques multimédia de acesso público onde estas sejam inviáveis é o objectivo de um projecto de fim de curso de estudantes do curso de licenciatura em Novas Tecnologias da Comunicação da Universidade de Aveiro, com vista a contribuir para a desburocratização da Administração Pública.
Os quiosques multimédia desempenharão as mesmas funções que uma Loja do Cidadão. Mas o projecto implica ainda a criação de um cartão que identifica o cidadão perante o serviço/quiosque, de acordo com o grupo de alunos responsável pela iniciativa.
"Um terminal deste sistema pode ser instalado em todas as localidades, na Junta de Freguesia ou num espaço público", refere o comunicado enviado à imprensa. Na opinião dos estudantes, as Lojas do Cidadão "são um passo em frente no sentido da desburocratização, mas não são viáveis em todos os locais".
O Cartão do Cidadão, que irá incorporar num chip diversas aplicações, poderá substituir o Bilhete de Identidade, o Cartão de Contribuinte, a Carta de Condução , bem como cartões de utente de vários serviços - estatais, municipais e de empresas -, permitindo ainda mais tarde efectuar operações bancárias.
Segundo a equipa que concebeu este sistema, a entidade que procede à sua gestão poderá ser o Instituto de Gestão das Lojas do Cidadão (IGLC). Os alunos da Universidade de Aveiro referem ainda que a implementação do sistema "está dependente da vontade política", dado que "o Partido Socialista entregou um Projecto de Lei na Assembleia da República, quando a iniciativa ainda se encontrava em fase de desenvolvimento, que prevê a criação de um cartão do cidadão com quatro valências, o que demonstra alguma abertura para este tipo de soluções".
Quanto às questões éticas e legais, a equipa de estudantes da Universidade de Aveiro esclarece que o projecto não consiste numa forma de evolução para o número único do cidadão, proibido pela Constituição, nem implica qualquer cruzamento de dados.
"Os dados inseridos no chip do cartão servirão apenas para identificar o utente perante a entidade gestora, que depois encaminhará única e exclusivamente os dados necessários à execução do serviço pretendido pelo cidadão", explicam os alunos responsáveis pela investigação, que garantem que todo o processo irá ser acompanhado pela Comissão Nacional de Protecção de Dados.
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Universidade de Aveiro pretende substituir Loja do Cidadão por Quiosques Multimédia
Este artigo tem mais de 22 anos
Um grupo de finalistas do curso de Novas Tecnologias da Comunicação da Universidade de Aveiro conceberam um projecto que visa substituir as Lojas do Cidadão por quiosques multimédia públicos, onde estas não sejam possíveis de implementar.
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