Entre abril e junho deste ano, foram vendidos aproximadamente 22,5 milhões de dispositivos wearable, de acordo com a mais recente análise da IDC. No entanto, tornou-se mais do que evidente que nem todos estão a conseguir tomar partido do crescimento deste mercado.
A Apple é – ou, pelo menos, era – um dos “pesos-pesados” desta indústria. Contudo, os dados mostram que a tecnológica de Cupertino, de entre os vendedores de topo, não está a conseguir aproveitar o embalo. No segundo trimestre deste ano, a empresa sofreu uma quebra de 56,7% no volume de wearables vendidos, face ao período análogo de 2015. O pobre desempenho da Apple neste campo resultou numa perda de quota de mercado de 20,3% para apenas 7%.
Jitesh Ubrani, analista sénior da IDC Mobile Device Trackers, afirma que dispositivos como as pulseiras inteligentes, dedicadas ao fitness e à gestão da atividade física, são os wearables mais vendidos. Mas Ubrani sublinha que estão a emergir novas tendências de consumo e que funcionalidades de pagamentos móveis e comunicação, por exemplo, estão a ganhar terreno neste mercado. Isto leva a que o segmento de wearables mais "tecnologicamente desenvolvidos" comecem a ganhar cada vez mais tração e as vendas cresçam.
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A IDC refere que duas categorias do mercado dos wearables destacaram-se ao longo deste segundo trimestre, pela discrepância de crescimento observada entre elas. Ao passo que o ramo dos wearables “básicos”, que não suportam aplicações de terceiros, cresceu 48,8%, o dos wearables “inteligentes”, que permitem a integração de apps de terceiros, perdeu 27,2% da força que tinha em 2015.
Estes wearables “básicos” representaram 82,8% das vendas de wearables no segundo trimestre. Ramon Llamas, analista da área de wearables da IDC, diz que esta preponderância é facilmente justificada, tendo em conta a maior oferta e os preços mais acessíveis, comparativamente aos wearables mais "tecnologicamente desenvolvidos". O analista prevê que o número de vendedores de wearables “básicos” continue a crescer nos próximos tempos.
Ele argumenta que wearables como os smartwatches ainda não conseguiram convencer os consumidores da sua utilidade e têm falhado em afirmar-se como “bens essenciais”e isto refletiu-se no volume de vendas. No entanto, não há razão para desesperar, pois há ainda muito espaço para estes dispositivos crescerem e conquistarem os corações dos consumidores.
Em termos de número de dispositivos vendidos, foi a Fitbit (com uma quota de 25,4%) quem conseguiu "deitar a mão" à medalha de ouro no segundo trimestre, com 5,7 milhões de wearables vendidos. Em segundo lugar aparece a Xiaomi (com 14% do mercado), com 3,1 milhões de unidades vendidas, e em terceiro vem a Apple, com 1,6 milhões.
A Garmin vendeu o mesmo número de wearables que a marca da maçã, e com uma quota de mercado de 6,9%, a fabricante está agora a competir ombro a ombro com a Apple neste mercado.
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