Até dia 19 de fevereiro a Cisco ocupa o City Cube de Berlim para realizar a 25ª edição do CiscoLive, o seu maior evento fora dos Estados Unidos e a Veniam está lá. Há poucas semanas a startup portuguesa completou uma nova ronda de investimento (Serie B) assegurado por vários fundos e a Cisco faz parte do leque de investidores.

Além de garantirem o capital necessário para avançar com a internacionalização da tecnologia desenvolvida pela empresa, os novos parceiros abrem outras portas que podem igualmente ter um papel relevante e esse nível. A participação em eventos que promovem é um exemplo e a primeira oportunidade do género para a Veniam foi o CiscoLive. Para o resto do ano a startup já tem prevista a participação noutros eventos promovidos pelas empresas que investiram em si, como explicou ao TeKSAPO em Berlim Alexandra Vieira, comunity manager da startup.

Quase a meio da experiência, Nuno Coutinho, engenheiro de sistemas da mesma equipa e que por estes dias também mostra a tecnologia portuguesa na capital alemã, faz um balanço positivo e garante que o expositor da Veniam tem tido muito procura. De empresas do universo de parceiros Cisco, mas não só. “Muitos parceiros não sabiam do investimento e outros ficaram curiosos para saber o que fazemos e querem saber que sinergias podem existir”. Empresas de construção, frotas ou minas estão entre as que já tiveram curiosidade em conhecer o projeto português. Na próxima semana a Veniam volta a mostrar-se a potenciais novos clientes, no Mobile World Congress em Barcelona.

Entretanto os planos já anunciados pela empresa liderada por João Barros, de levar a tecnologia que permite criar e gerir redes Wi-Fi tirando partido de frotas urbanas, continuam. Barcelona, Nova Iorque, Londres e Singapura são as cidades onde a Veniam já tinha revelado que mantém contactos que podem conduzir a novos contratos, mas é em Singapura que deverá concretizar-se o primeiro negócio.

As negociações estão “muito avançadas” e contam com o suporte de uma pequena equipa local, que começou por ter foco nas vendas, mas que já está a ser reforçada com engenheiros. “Singapura é um país muito motivado para ter tecnologia de ponta”, refere Nuno Coutinho, explicando que essa visão parte do próprio poder político. “Nós aqui falamos muito em smart cities, eles querem ser uma smart nation”.

Para adaptar a estrutura ao plano de internacionalização, a Veniam está a contratar e este ano quer duplicar a equipa de 40 colaboradores. Em simultâneo mantém uma equipa de investigação a trabalhar no desenvolvimento da plataforma e na evolução para novas releases. Desse trabalho já resultaram 40 patentes, entre pedidos submetidos e para aprovação. 

Nota de redação: Na foto estão Alexandra Vieira, João Barros (CEO) e Nuno Coutinho da Veniam. 

 

Cristina A. Ferreira