O desenvolvimento da rede que mantém em África continua a ser uma prioridade de investimento do Grupo Visabeira que quer reforçar a rede em Angola e Moçambique no próximo ano. A empresa está actualmente em processo de reestruturação, com a criação de uma sub-holding e prevê a dispersão de capital em bolsa no próximo ano, financiando o crescimento do Grupo.

Paulo Varela, vice-presidente do Grupo Visabeira e presidente do conselho de administração da Visabeira Telecomunicações, adiantou à margem da conferência "A visão dos investidores" no 17º Congresso das Comunicações que a empresa tem estudos para avançar para o Sudão, Quénia e República Democrática do Congo, que já estão avançados. “No próximo ano devemos começar operações num destes países”, afirma.

O modelo que a empresa aplicou em Angola e Moçambique deverá ser replicado, partindo de parcerias com operadores locais e adianta ainda que no Sudão essa parceria poderá ser com a Sudatel. O investimento até 2010 nas operações de Angola e Moçambique será de 70 a 80 milhões de euros mas pode vir a alargar-se a mais 30 a 40 milhões com a expansão a outras províncias.

Em relação às redes de cabo que a empresa já detém em Angola e Moçambique, o objectivo é avançar para novas regiões, um processo que terá início já no próximo ano em Moçambique e no primeiro trimestre de 2009 em Angola. Paulo Varela admite que estas operações não têm a amplitude e dimensão que as operações na Europa mas que os indicadores de ARPU e adesão dos clientes são interessantes, o que traz uma boa rentabilidade à operação.

Em Moçambique a empresa está presente no sul, em Maputo e nas zonas limítrofes, prendendo avançar no próximo ano para centro e norte. Actualmente o número de casas cabladas é de 35 mil e a penetração em termos de clientes é de cerca de 50%, com 27 a 28 mil serviços vendidos.

Em Angola estão igualmente a ser estudadas as possibilidades de expansão da rede. A Visabeira conta com 40 mil casas cabladas, e 22 mil clientes e está a finalizar a infra-estrutura na zona da grande Luanda, onde residem 4 milhões de pessoas. A partir do início de 2009 o objectivo é avançar para outras regiões.



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