No ano passado, quase metade da população residente em Portugal (48,9%) fez compras na internet. Os números referem-se a pessoas com idades entre os 16 e os 74 anos, e foram apurados para os três meses anteriores ao inquérito que serve de base ao estudo divulgado pela Anacom - O Comércio Eletrónico em Portugal e na União Europeia em 2024.

O valor mostra que aumentou em 5 pontos percentuais a população com hábitos de compra online, ainda assim Portugal mantém uma posição pouco simpática no ranking europeu. Terminou o ano como o quinto país com mais gente que nunca fez compras ou encomendas online, 24,2% da população.

Vendas online é uma experiência que só 12,8% dos portugueses, ou residentes em Portugal, têm. Números que dão a Portugal a 23ª posição no ranking europeu, tanto no que se refere à percentagem de compradores online, ou como de vendedores.

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Entre os produtos físicos mais adquiridos online em Portugal ao longo do ano passado, o vestuário e calçado são os que mais se destacam - 73% dos residentes no país que fizeram compras online adquiriram este tipo de artigos. As refeições ao domicílio surgem em segundo lugar (39,6%). Na terceira posição da tabela ficaram os “produtos de cosmética, beleza e bem-estar” (31,4%) e logo a seguir os “computadores, tablets, telemóveis, equipamento informático complementar ou acessórios” (28,4%).

Entre os artigos digitais mais comprados no ano passado, destaque para os “filmes, séries ou programas de desporto para download ou subscrição online”. Nos serviços, o principal destaque foi para as compras de serviços de transporte e bilhetes para eventos.

Os dados mostram igualmente que quem vive em zonas urbanas compra mais online. A maioria dos compradores online têm menos de 54 anos e formação secundária ou universitária.

O estudo também compila dados de empresas, mas ainda relativos a 2023. Indicam que, nesse ano, cerca de 20,5% das empresas portuguesas com 10 ou mais pessoas ao serviço receberam encomendas através de redes eletrónicas, mais 3,5 pontos percentuais do que no ano anterior. A percentagem é maior entre grandes empresas (42,2%).