No discurso, o chefe de Estado sublinhou a posição do país nas redes fixas de nova geração e destacou o facto destas infraestruturas cobrirem já cerca de 85% dos lares. Nas redes móveis de quarta geração destacou que Portugal é o segundo pais da Europa, a seguir à Suécia, em cobertura 4G.

O responsável sublinhou, no entanto, que em Portugal 35% da população continua sem aceder à Internet , um valor que fica muito acima da média europeia, a que se junta um elevado número de trabalhadores sem “qualquer competência digital”e defendeu que esta é uma realidade que é preciso mudar. “O fosso digital é um elemento desigual que abre uma clivagem social, económica e cultural que não podemos admitir num país moderno e justo”, considerou Cavaco Silva.

Na mesma intervenção, o Presidente da República defendeu que os canais digitais vão colocar novos desafios às empresas e aos decisores políticos, que não podem ser ignorados e que devem ser tidos em conta também no âmbito dos programas de reforço da competitividade do país, como a agenda Portugal 2020.

Um dos desafios a considerar nesta área são os recursos humanos. Os números da Comissão Europeia indicam que nos próximos anos serão necessários um milhão de profissionais nesta área. Cavaco Silva considerou que este dado é uma “oportunidade a que as instituições portuguesas de ensino superior devem estar atentas”.

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