Enquanto o leilão do 5G ainda decorre, cumprindo hoje o dia 181 da fase principal, a NOS continua a trabalhar no desenvolvimento da tecnologia e em casos de uso que mostrem o potencial que a rede móvel de quinta geração pode trazer em diferentes áreas da economia.

“O 5G é algo que está a acontecer e a NOS está a fazer acontecer”, afirmou ao SAPO TEK Manuel Ramalho Eanes. Matosinhos tem sido palco de vários testes e o administrador executivo da NOS explicou que a empresa tem espetro provisório em diferentes zonas do país para usar nestes case studies, mas sem detalhar quais.

“Matosinhos foi a primeira cidade 5G com a NOS”, afirmou, indicando que depois da condução remota autónoma, e o  uso de drones em serviços de emergência, a área da educação é mais um passo na validação do potencial que a tecnologia traz.

“Este teste tem um significado especial […] a educação é um setor em que se pode mostrar o potencial do 5G para benefício de todos, até com o valor de eliminar as barreiras da distância, trazer riqueza de conteúdos e quebrar barreiras sociais”, afirmou Manuel Ramalho Eanes, depois da apresentação.

No teste hoje realizado os alunos usaram a tecnologia de realidade virtual para visitar o Pavilhão do Conhecimento e explorar o espaço comandando um robot, mas o administrador da NOS adiantou ao SAPO TEK que este é apenas um primeiro passo de colaboração entre a NOS e a Ericsson com a Escola Secundária João Gonçalves Zarco. Um protocolo hoje assinado vai promover o desenvolvimento de projetos educativos assentes em 5G que podem permitir à escola começar a tirar partido da tecnologia.

Leilão 5G: um atraso que é recuperável

Sem querer comentar o leilão e a mudança de regras do leilão, Manuel Ramalho Eanes afirmou ao SAPO TEK que a posição da empresa é conhecida e que espera calmamente o desfecho do processo e que é preciso olhar para a frente e ver como podemos trazer o 5G às famílias e às empresas.

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“Estamos a trabalhar todos os dias para que o impacto [do atraso do leilão] seja o menor possível e que Portugal, o país, a sociedade, as famílias e as empresas, consigam, com o trabalho da NOS, tirar o máximo partido da tecnologia o mais cedo possível e acredito que vamos fazer bem esse trabalho e que podemos recuperar boa parte do atraso”, afirmou, admitindo porém que as condições de partida não eram fáceis e que por isso “vai exigir muito trabalho de todos”, garantindo que “a NOS aceita essa responsabilidade e vamos cumpri-la”.

Do lado das empresas o administrador da operadora diz que a NOS está a acompanhar de perto os desenvolvimentos e que existe interesse, principalmente das maiores empresas, que estão “muito despertas para a oportunidade de avaliar as aplicações e o valor que podem retirar da tecnologia”.

Referido números adiantou ainda que a promessa é grande e a expectativa é que possa haver um impacto no aumento da produtividade de 20 a 30% na indústria, 25% na agricultura e uma melhoria de 20% na sustentabilidade.