Uma análise da Associação Europeia para a Competitividade nas Telecomunicações (ECTA) demonstrou que o ritmo de adopção de ligações de banda larga na Europa diminuiu drasticamente nos últimos meses de 2006.



Em comunicado o organismo afirma que a taxa de adesão a ligações de banda larga foi de sete por cento entre Abril e Outubro do ano passado, enquanto que, nos seis meses anteriores a este período, havia sido de 23 por cento.



Desta forma, em Outubro existiam 68,4 milhões de casas com acesso de banda larga à Internet, mais 4,4 milhões do que no final de Abril, o que, para a ECTA, representa uma forte estagnação na procura de acessos desta natureza.



Os novos operadores afirmam que este abrandamento está relacionado com falta de competitividade entre os diversos prestadores de serviços de serviços de banda larga. Em causa está a anexação dos pequenos operadores a grandes empresas, o que acaba por monopolizar o mercado e minimizar a concorrência até nos mercados onde a taxa de penetração da banda larga é bastante satisfatória.



Os números da ECTA mostram que na Dinamarca e na Bélgica o aumento no número de adesões não foi além dos quatro por cento. Por sua vez, o Reino Unido subiu duas posições na tabela da associação enquanto que a França passou do sexto para o oitavo lugar.



Mesmo assim, os líderes em números e adesão continuam a ser a Dinamarca, a Holanda, a Finlândia e a Suécia.



Estudos recentes da SPC Network mostram que a falta de competitividade no mercado europeu é um dos factores que mais prejudica a o crescimento da banda larga no continente. A consultora chega mesmo a afirmar que poderiam existir 20 milhões de novos acessos de banda larga caso o mercado estivesse receptivo a acolher novos players.

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