De acordo com o mais recente balanço da Anacom, em junho, os preços das telecomunicações registaram uma descida de 0,2% em relação ao mês anterior. A entidade reguladora atribui a descida a alterações de preços de algumas ofertas de pacotes.

No entanto, em comparação com o mês homólogo em 2021, os preços das telecomunicações aumentaram 2,1%, numa subida influenciada pelo aumento de preços por parte da MEO, NOS e Vodafone em abril de 2022.

A Anacom indica que as mensalidades mínimas são oferecidas pela NOWO em oito casos de um leque de 13 serviços e ofertas, com a MEO e a Vodafone a apresentaram as mensalidades mais baixas para três e dois tipos de serviço/ofertas, respetivamente.

Em termos homólogos, regulador destaca nove aumentos (seis da NOWO; dois da MEO; e uma da NOS) de preços e cinco diminuições (três da MEO; uma da Vodafone; e uma da NOWO).

A mensalidade mínima do Serviço Telefónico Móvel com internet aumentou 43,8%, assim como as mensalidades mínimas da TVS (7,6%), as ofertas BLF+TVS (11,1%), TVS+STF e 3P (0,4%) e as mensalidades mínimas 4P (1,3%). Por outro lado, a mensalidade mínima da BLF diminuiu 4,2%.

Segundo a Anacom, o crescimento dos preços foi 6,7 pontos percentuais (p.p.) inferior ao verificado pelo Índice de Preços do Consumidor (IPC). Já a taxa de variação média dos preços ao longo dos últimos 12 meses foi de 1,8%, estando 2,3 p.p. abaixo da registada pelo IPC (4,1%).

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Em junho, a taxa de variação média dos últimos 12 meses dos preços das telecomunicações em Portugal foi 1,2 p.p. superior à verificada na União Europeia (UE). A entidade reguladora detalha que Portugal registou a 8.ª variação de preços mais elevada, e a 20.ª mais baixa, entre os países da UE.

O maior aumento de preços aconteceu na Polónia, com mais 4,9%, e a maior diminuição sucedeu na Bulgária, com menos 5,%. “Em média, os preços das telecomunicações na UE aumentaram 0,6%”, indica o regulador.

Olhando a longo prazo, desde o final de 2010 que os preços das comunicações subiram 12,3% e o IPC 20,5%. Segundo a Anacom, entre 2015 e 2019, “a variação acumulada dos preços das telecomunicações foi superior à variação acumulada do IPC devido aos «ajustamentos de preços» efetuados pelos principais prestadores”.

A partir de 2019 houve uma diminuição da divergência entre os dois índices, dado sobretudo à entrada em vigor do RGPD, que impôs um preço máximo das chamadas e SMS internacionais intra-UE.

Caso essa redução de preço não tivesse ocorrido, estima-se que os preços teriam subido 16% desde o final de 2010, estando abaixo 4,5 p.p abaixo da variação do IPC. Entre o final de 2009 e junho de 2022, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 10,3%, tendo diminuído 9,5% na UE.

Nota de redação: A noticia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 12h00)

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