Na região Alentejo (NUTS II) os serviços de navegação na Internet e no youtube video streaming, assim como a latência de transmissão de dados, são os parâmetros com pior desempenho na região. A conclusão é de um estudo realizado em maio de 2019 pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), e divulgado esta terça-feira, que avaliou a qualidade do serviço de comunicações móveis disponibilizados pela MEO, NOS e Vodafone na região que abarca, integralmente, os distritos de Portalegre, Évora e Beja, bem como parte dos distritos de Santarém e Setúbal, num total de 58 municípios.
O estudo, o primeiro de um conjunto que vai abranger todas as regiões do país, avaliou o desempenho de serviços móveis de voz e dados, da cobertura de Sistema de Comunicações Móveis de segunda geração - 2G (GSM, na sigla em inglês), Sistema de Comunicações Móveis de terceira geração - 3G (UMTS, na sigla em inglês) e o Sistema de Comunicações Móveis de quarta geração - 4G (LTE, na sigla em inglês).
Os dados revelados esta terça-feira indicam que os sistemas analisados apresentaram, em média, "boa cobertura rádio GSM, adequada cobertura rádio UMTS e razoável cobertura rádio LTE", embora com desempenhos diferenciados entre os tipos de áreas urbanas e entre os operadores. Os serviços de navegação na Internet e no streaming de vídeos do YouTube, como também a latência de transmissão de dados foram os que apresentaram um pior desempenho.
GSM, UMTS e LTE no Alentejo: diferenças entre regiões e operadoras
No que diz respeito às diferentes áreas urbanas, o órgão regulador das telecomunicações identifica um pior desempenho nas áreas medianamente urbanas e predominantemente rurais e, quanto à análise dos resultados associados a cada operador e das respetivas diferenças, é a Vodafone que se destaca nas tecnologias rádio UMTS e LTE pelo bom desempenho.
As medições realizadas para aferir a cobertura rádio registaram, na maior parte dos casos, níveis de sinal de "muito boa" ou "boa qualidade". No entanto, a ANACOM esclarece que também identificou níveis abaixo dos parâmetros adequados, nomeadamente em LTE, incluindo alguns níveis significativos de cobertura “inexistente”, em zonas predominantemente rurais.
Ainda com "nota positiva", os serviços de voz e de transferência de ficheiros registaram “bons desempenhos globais” de acordo com a ANACOM, sendo mais visíveis diferenças entre os operadores e entre os tipos de áreas urbanas ao nível da velocidade de download e de upload. Os dados revelam uma "elevada variabilidade, com registos máximos acima de 100Mbps e de 50Mbps, respetivamente para download e upload, e mínimos de cerca de 0,004Mbps, que dificultam ou impossibilitam a transmissão de dados em condições adequadas", explica o órgão regulador.
Internet, streaming de vídeos no YouTube e latência de transmissão de dados com o pior desempenho
Os serviços de navegação na Internet e no streaming de vídeos do YouTube, assim como a latência de transmissão de dados, apresentaram "desempenhos consideravelmente inferiores" face aos outros indicadores objetos de análise. "Estes indicadores exibem igualmente, na maioria dos casos, diferenças significativas entre prestadores e entre tipologias de áreas urbanas", acrescenta a ANACOM.
O estudo pretende dotar o mercado de “informação isenta” sobre o desempenho destes serviços e teve em vista caracterizar a experiência do utilizador em termos de acessibilidade, retenção e integridade dos serviços. Para isso, a ANACOM realizou nos locais chamadas e conversações, para avaliação do serviço de voz, e transferências de ficheiros de páginas web e de vídeos, para avaliação dos serviços de dados. Para além disso, mediu os níveis de sinal das redes rádio, de forma a avaliar a cobertura, resultando em 13 indicadores de qualidade utilizados para aferir o desempenho dos serviços e a cobertura rádio.
O trabalho de campo relativo a este primeiro estudo realizou-se entre 7 e 28 de maio de 2019, tendo sido realizadas 891 chamadas de voz, 5.853 sessões de dados e 550.597 medições de sinal rádio, correspondendo a aproximadamente 297 chamadas de voz, 325 sessões de dados e 61.200 medições de sinal rádio, por indicador e operador. Foram percorridos 3.539 quilómetros, dos quais 342 em testes.
Os dados são revelados numa altura em que os consumidores vão passar a poder cancelar contratos de telecomunicações através de uma nova plataforma online, prevista para finais de março deste ano. Quanto ao 5G, a ANACOM defendeu na semana passada a hipótese de partilha da rede no leilão de frequências 5G, previsto para abril de 2020.
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