A reunião que ontem juntou o ministro dos assuntos parlamentares e as diversas entidades ligadas ao processo de migração para a televisão digital terrestre terminou de forma inclusiva, adiantaram já alguns intervenientes.



Ficou por definir se a data estabelecida para o desligamento do sinal analógico de televisão se mantém, ou é alterada. Faltam sete meses para a data definida pela diretiva europeia para o switch-off e o ministro terá algumas dúvidas sobre a capacidade de resposta do setor.



"Foi uma reunião de trabalho com o senhor ministro para falar de vários temas relacionados com a TDT e neste momento não há nenhuma conclusão a reportar", relatou Pais do Amaral, presidente não executivo da Media Capital à saída do encontro, como refere hoje o Diário Económico.



O presidente do outro grupo privado de televisão em Portugal, Pinto Balsemão, garantiu nas mesmas circunstâncias que as televisões não pediram ao governo o adiamento do switch-off, relata o Jornal de Negócios. A afirmação reage às declarações do ministro, anteriores à reunião, afirmando que os operadores de TV pretendiam um atraso do switch-off.


A reunião com Miguel Relvas terá servido não só para discutir as datas previstas para o desligamento do sinal analógico de televisão, que para a região litoral do país está previsto para antes de Abril de 2012, data em que todo o país se junta ao digital abandonando em definitivo o sinal analógico. No litoral essa mudança chega já a 12 de Janeiro.


O encontro terá também servido para colocar de novo em debate as questões dos conteúdos e dos incentivos à migração para a TDT (limitados a grupos específicos da população). No primeiro caso é sabido que uma oferta de conteúdos mais abrangente do que a atual ficou comprometida quando o projeto do 5º canal caiu por terra.


Contudo, há espetro disponível para alargar a oferta de conteúdos, até porque a PT - que vai ser responsável pelo fornecimento da TDT - devolveu a licença que acolheria uma oferta paga suportada na tecnologia. A empresa sugeria na altura que o espetro fosse usado pelos operadores de TV para oferecer conteúdos de alta definição, mas até agora não houve acordo sobre a matéria.




Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico