Um novo relatório da Anacom dá a conhecer que, no ano passado, o crescimento relativo do número de utilizadores do segmento não residencial foi superior ao verificado no segmento residencial nos principais serviços fixos.

em 2021, existiam 79 prestadores no mercado não residencial de comunicações eletrónicas. Aqui incluiam-se três entidades de dimensão relevante (MEO, NOS e Vodafone), assim como 49 entidades que operavam exclusivamente neste mercado, com destaque para Onitelecom, Dialoga, BLU, AR Telecom, Colt Telecom e Vonage.

A MEO detinha a maior quota de assinantes não residenciais, com 54,1% no segmento da voz fixa; 49,7% no da Internet fixa; 52,7% no da televisão por subscrição (TVS); 38,5% no do serviço telefónico móvel (STM); e com 50,1% no das ofertas comercializadas em pacote.

Por seu lado, a NOS detinha a segunda quota mais elevada na TVS (29,3%) e no serviço telefónico fixo (STF) (24,6%) e a terceira maior no STM (23,6%) e na banda larga fixa (BLF) (22,2%).  Já a Vodafone afirmou-se como o segundo maior prestador de STM (37,2%) e na BLF (26,5%) e como o terceiro maior prestador de STF (17,4%) e de TVS (16,5%).

A Anacom detalha que a maioria das ofertas comerciais não residenciais são semelhantes às ofertas residenciais. Mesmo assim, entre as ofertas comerciais não residenciais analisadas, a velocidade máxima de download da BLF era de 10 Gbps, sendo superior à velocidade máxima oferecida atualmente no segmento residencial (1 Gbps).

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No primeiro semestre de 2021, os subscritores não residenciais correspondiam a 27,4% do total de assinantes de serviços de comunicações eletrónicas. A Anacom indica que, numa análise por serviço, 25% dos acessos ao STF eram referentes a clientes não residenciais.

Em questão estavam também 15,5% dos utilizadores do serviço de acesso à Internet (SAI) fixa; 10,8% dos assinantes da TVS; 19,5% dos acessos móveis à Internet; e 18% dos acessos móveis efetivamente utilizados.

No que respeita às redes de alta velocidade (RAV), os clientes não residenciais representavam 14,7% do total. Já no que toca aos serviços comercializados em pacote, os subscritores não residenciais correspondiam a 12,5% do total.

A Anacom detalha que serviços como acessos móveis à Internet através de PC/tablet/pen/router e dos acessos Machine-to-Machine (M2M) registaram um peso do segmento superior ao do residencial: 50,8% e 99,6%, respetivamente.

Quanto tráfego não residencial foi gerado em 2021?

O relatório indica que 79% dos acessos à Internet não residenciais dos quatro principais prestadores dispunham de velocidades de download iguais ou superiores a 30 Mbps e para 71% dos acessos a velocidade era de pelo menos 100 Mbps. Perto de 5% dos acessos não residenciais dispunham de velocidades iguais ou superiores a 1 Gbps.

Na primeira metade de 2021, o número de minutos gerados no tráfego de voz fixa representava 40,5% do total, correspondendo a 54 minutos mensais por utilizador não residencial. Ao todo, 25% do total de tráfego de voz móvel foi gerado por clientes não residenciais, com 23,1% dos minutos e 26,6% das chamadas.

Já o tráfego de Internet móvel gerado por acessos móveis de clientes não residenciais representava 24,1% do total. Segundo a Anacom, cada acesso móvel gerou, em média, 6,3 GB de tráfego.

Os clientes de serviços de transmissão de dados (STD), suportados em outras tecnologias registaram um tráfego médio mensal de 1,3 TB em 2021, mais 27,4% que em 2020.

Durante o período em análise, as receitas obtidas junto de clientes não residenciais atingiram 430 milhões de euros. O valor representa 25% do total de receitas de serviços prestados a clientes finais, indica a Anacom. 45% das receitas deste tipo de clientes resultaram de serviços móveis, com 27% a terem sido geradas por serviços em pacote e 26% de serviços fixos individualizados.

A MEO detinha a maior percentagem (39,5%) das receitas retalhistas de clientes não residenciais, seguindo-se a Vodafone (34,1%), a NOS (26,2%) e a NOWO (0,2%).

A MEO também registou a maior percentagem de receitas não residenciais nos serviços fixos (49,6%) e nos serviços em pacote (49,4%), com a Vodafone a destacar-se nos serviços móveis (47,3%).

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