A gigante das telecomunicações Ericsson conseguiu obter 3% da partilha de um contrato de 5G no mercado chinês, da China Telecom e China Unicom, avança a Reuters. Era esperado que a Nokia também beneficiasse de mais contratos na China, uma vez que as autoridades podiam retaliar o facto de a Suécia ter banido a Huawei e operadoras chinesas no desenvolvimento do 5G no país. Na altura, a Huawei chegou a recorrer da decisão do governo que alegava riscos para a segurança nacional e que se baseou numa avaliação prévia dos serviços secretos e militares do país. O processo chegou mesmo a colocar em pausa o leilão do 5G na Suécia.
A Ericsson desde logo que se opôs à decisão das autoridades e chegou a pressionar governo sueco para manter a Huawei e ZTE no desenvolvimento do 5G no país, pois isso colocaria em risco as suas operações na China. Apesar da posição da fabricante sueca lhe ter "garantindo pontos" no acesso ao novo contrato partilhado de 5G na China, este não evitou a constante queda no mercado chinês.
Anteriormente, a Ericsson detinha 11% das operações mobile na China, tendo caído para 2% de quota geral no ano passado. Já a Nokia soma agora 4% quota global, depois de em julho ter assegurado o primeiro de um dos três contratos 5G da China Mobile. Ao todo, os três contratos valem 6 mil milhões de dólares, referiram fontes ligadas ao assunto à Reuters.
A fabricante sueca obteve agora um novo contrato, ficando a Nokia de fora deste novo lote. A maioria foi distribuída entre a Huawei, ZTE e a Datang Telecom, que pertence ao Estado chinês.
É referido que a Nokia regressou ao crescimento, tendo ganho posição em diversos mercados, mesmo consciente da dificuldade do mercado chinês. Reagindo ao facto de não ter ganho nenhum novo contrato, a gigante finlandesa diz respeitar a decisão dos seus clientes, mantendo o compromisso de continuar a suportar os negócios da China Telecom e China Unicom no futuro.
A Reuters afirma que esta é a segunda fase dos contratos 5G das operadoras chinesas das telecomunicações, correspondendo a milhares de novas estações. Os especialistas dizem que apesar do mercado chinês ser altamente competitivo e com preços sensíveis, a grande quantidade de equipamento 5G que está a ser lançado no país transformam-no num mercado atrativo para as fabricantes de tecnologia de telecomunicações.
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