Nos últimos oito meses utilizadores de 12 países foram afectados pelo primeiro vírus para telemóvel, o Cabir. Segundo um relatório da F-Secure, os últimos casos relatados deste worm, que se propaga via Bluetooth, foram detectados nos Estados Unidos.



O registo de equipamentos infectados nos Estados Unidos surgiu na passada semana numa loja de telemóveis, onde se verificou existir uma nova variante de pouca gravidade detectada em dois equipamentos Nokia.



Desde que foi detectado, o vírus assumiu já 15 variações distintas sendo que a mais grave afecta as baterias dos equipamentos. Os especialistas acreditam que no futuro novas variantes serão detectadas, à medida que o nível de sofisticação de quem escreve os vírus aumenta também, resultado de um maior conhecimento das tecnologias móveis.



Contudo, os especialistas de segurança consideram que para já não há grandes motivos para alarme. No mundo móvel competem um conjunto alargado de tecnologias, o que dificulta a propagação dos vírus, desenhados para uma plataforma específica.



O veículo de propagação do vírus é outro dos factores que contribui para a sua baixa perigosidade, uma vez que o Bluetooth só funciona a pequenas distâncias. Além disso, o vírus só fica activo se o telefone for reiniciado depois da exposição ao código malicioso, outro factor que retarda a sua propagação.



O Cabir só afecta equipamentos com sistema operativo Symbian modificando as suas especificações a vários níveis, consoante a variante em questão.



As questões da segurança nos telemóveis estiveram este fim de semana também no centro da discussão depois de um hacker ter conseguido aceder à lista telefónica da celebridade Paris Hilton, cliente da T-Online.



O hacker conseguiu aceder a toda a lista telefónica da estrela, hábitos de viagem, notas pessoais, hotéis e companhias de aviação preferidas e colocou tudo na net. Um dos contactos da celebridade afirmou à imprensa britânica ter recebido 100 chamadas de estranhos em duas horas, após a divulgação da lista.



A informação surge poucos dias depois da condenação do hacker Nicolas Jacobsen por acesso indevido a computadores, entre eles o serviço de email dos serviços secretos americanos. Sobre este perito informático preso desde Outubro passado sabe-se também que durante cerca de um ano teve acesso aos servidores da T-Online.



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