A Digi recebeu luz verde para avançar com compra da Nowo em outubro de 2024, mas o processo total de fusão só agora está concluído. Depois de finalizar a compra, faltava finalizar o processo de transmissão da faixa dos 3,6 GHz do 5G da Nowo para a Digi. A Anacom deu a autorização, mas remeteu o processo para consulta pública até ao dia 7 de janeiro.

O regulador definiu ainda que a Digi tinha 30 dias corridos para iniciar a oferta de serviços de comunicações eletrónicas acessíveis, utilizando estas respetivas frequências. A cerca de uma semana para o fim do prazo estabelecido, a Nowo anunciou que os seus clientes já podem aderir ao serviço móvel da Digi através da Nowo. “Com esta nova fase a venda do móvel passa a ser realizada diretamente pela DIGI”, lê-se no website oficial da Nowo.

Digi recebe luz verde para avançar com compra da Nowo
Digi recebe luz verde para avançar com compra da Nowo
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A Nowo diz que com a integração na Digi reforça o compromisso de oferecer serviços de telecomunicações de alta qualidade, a preços justos. Salienta a experiência de 30 anos da Digi e a presença nos diversos países europeus, como a Roménia, Espanha, Itália e Bélgica, com foco no cliente e “compromisso com a qualidade”.

De salientar ainda, que apesar da autorização pelo regulador, a Digi tem a obrigação de cumprir as obrigações de desenvolvimento de rede a que a NOWO estava vinculada no leilão do 5G em seis meses. Com esta passagem do espectro da frequência, a Nowo deixa de ser titular dos direitos de utilização das mesmas, adquiridas no Leilão 5G. A compra da Nowo reforça assim a rede móvel, que era uma das principais necessidades da operadora romena.

A DIGI terá ainda que, no prazo de três anos, instalar estações que estão identificadas no DUER N.º 04/2021, referindo o documento que a empresa "está obrigada a instalar, em todo o país, 1.466 estações de base macro próprias, ou 14.660 estações de base “outdoor small cells” próprias".

Antes da compra da Nowo pela Digi, durante meses, a Vodafone tentou convencer os reguladores de que a compra da Nowo não prejudicaria a concorrência no mercado português de telecomunicações. Não conseguiu. Depois da operação ser definitivamente chumbada, em julho de 2024, a Digi “chegou-se à frente” e propôs a aquisição, num negócio estimado em 150 milhões de euros.