O nome da operação é “RoadPol – Telemóvel” e decorre entre os dias 7 e 13 de outubro, abrangendo todo o território nacional continental. A Guarda Nacional Republicana (GNR) explica que é "uma operação de fiscalização rodoviária, direcionada para a utilização de auscultadores sonoros e manuseamento de aparelhos radiotelefónicos, durante o exercício da condução, a fim de promover a segurança rodoviária".

Segundo o comunicado enviado às redações, a operação tem como objetivo alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do uso indevido do telemóvel durante a condução. "O manuseamento e utilização do telemóvel, de smartphones, tablets ou similares, durante o exercício da condução, provocam a distração visual, limitação da disponibilidade manual e condicionamento cognitivo", adianta a mesma fonte.

A GNR cita um estudo da Prevenção Rodoviária Portuguesa para lembrar que quase 75% dos portugueses declaram que utilizam o telemóvel enquanto conduzem, e sublinha que existem várias consequências da duplicação de atividades que o uso do telemóvel durante a condução origina.

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Na lista está a diminuição da capacidade de vigilância do condutor e dispersão da atenção, o aumento do tempo de reação e a má avaliação do posicionamento do veículo na via. A isso somam-se a dificuldade de descodificação dos sinais e da sua memorização, o desrespeito da regra de cedência de passagem e a não manutenção da distância de segurança, assim como a má avaliação da velocidade.

Recorde-se que as multas por usar o telemóvel durante a condução aumentaram em janeiro de 2023, passando a valores entre 250 e 1250 euros, para além de implicarem a perda de três pontos na carta de condução.