A ISOC Portugal - Internet Security está a preparar um conjunto de propostas para entregar ao novo Governo, que têm como objectivo sensibilizar o executivo para a importância de acelerar a migração da Administração Pública para a nova versão do protocolo de Internet, o IPv6.



Pedro Veiga, representante máximo do ISOC Portugal, explicou ao TeK que acelerar este processo é importante "até por questões económicas", frisou.



Como exemplifica, se um serviço da AP vai "adquirir um equipamento de rede, que tem um tempo de vida de seis a oito anos, deve escolher um equipamento compatível com a nova versão do protocolo. Nesse período certamente o IPv6 torna-se mandatório e por isso só assim é possível rentabilizar ao máximo o investimento".



O documento que será entregue ao Governo, logo que esteja definida uma tutela para esta área pretende funcionar como um conjunto de boas práticas, orientadoras para os serviços quando fizerem compras na área das comunicações.



Hoje em todo o mundo - Portugal incluido - comemora-se o Dia do IPv6, uma iniciativa para debater, avaliar e discutir os progressos já realizados na adopção desta nova versão do protocolo.



Em Portugal, a ISOC organizou de manhã uma conferência para discutir o tema e debater as estratégias dos principais actores do mercado. Pedro Veiga, diz que a principal mensagem a retirar do evento é que a tecnologia atingiu já um elevado grau de maturidade. Só não está a ser implementada de forma mais intensa, devido às restrições orçamentais que limitam a capacidade de investimento dos fabricantes.



Pedro Veiga também sublinha que Portugal é um dos países mais avançados em termos de IPv6, com resultados muito positivos nas análises comparativas internacionais. "Ganhámos por ter começado a planear cedo", defende, acrescentando no entanto, que é preciso manter o ritmo para não perder a vantagem conquistada.

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