A ordem emitida esta quarta-feira determina que o ministério com a pasta das telecomunicações ponha fim às medidas que permitiram limitar o acesso à plataforma no início da semana.


A medida política foi justificada com o facto de a empresa alegadamente ter desrespeitado ordens do governo para a remoção de conteúdos na plataforma.


Como aconteceu já noutros países, o Twitter - a par de outras redes sociais - tem desempenhado um papel central na divulgação da informação pela oposição ao regime político vigente.


O Primeiro-ministro do país, Recep Tayyip Erdogan, disse mesmo que a plataforma tem sido um canal privilegiado para a divulgação de conteúdos (vídeos e áudio) que sugerem ações corruptas por parte de membros do Governo.


A notícia da decisão judicial está a ser avançada pela Associated Press. Ainda não há detalhes relativamente aos prazos que o Governo terá para a implementar. Sabe-se no entanto que, enquanto esteve ativo, o bloqueio não foi 100% eficaz, com muitos utilizadores a conseguirem contornar a proibição, mantendo acesso à plataforma.


Recorde-se que em países como o Egito ou a Tunísia as redes sociais desempenharam também um papel fundamental na mobilização dos cidadãos. Desde então outros exemplos se seguiram.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico