Nas 12 rondas do 130º da fase principal do leilão do 5G, as licitações atingiram os 335,092 milhões de euros, numa subida de 671 mil euros em relação ao dia anterior. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes, resulta agora num encaixe potencial de 419,443 milhões de euros.

Sem fugir à tendência que se mantém desde março, os mais recentes dados da Anacom demonstram o interesse dos operadores voltou a estar centrado na faixa dos 3,6 GHz. Nesta faixa nativa do 5G registam-se hoje subidas de 1% em relação a 12 lotes, todos da categoria J.

Clique nas imagens para mais detalhes

Em relação ao preço de reserva, sete dos lotes da categoria J contam com uma valorização que se aproxima dos 350%, com cinco deles a situarem-se nessa marca. Já os restantes lotes desta categoria apresentam uma valorização superior a 350%, destacando-se o J04 e o J05, que valorizaram 355%.

Até agora a faixa dos 2,1 GHz que foi aquela que mais valorizou ao longo do leilão, registando uma subida de valor de mais de 400% face ao preço de reserva. As faixas dos 700 MHz e dos 900 MHz não “mexem” desde o início da fase principal do leilão e na faixa que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT ainda há um lote ainda sem qualquer oferta.

Na semana passada, a fase principal entrou na marca dos seis meses, aos quais se somam as duas semanas da fase reservada a novos entrantes. Ao que tudo indica, o processo está longe de terminar, fazendo com que o leilão se afirme como o mais longo e “épico” processo de licenciamento de espectro de telecomunicações em Portugal e na Europa. Com a demora no procedimento, Portugal arrisca-se a ser o último país da União Europeia a lançar serviços.

É certo que, com a recente mudança de regras da Anacom, que fez aumentar o número de rondas para 12, uma o valor diário licitado também aumentou, rondando agora os 600 mil euros, embora não dote o processo de uma maior rapidez. Recorde-se que apesar de esperar que a mudança “seja suficiente para impedir que o leilão se prolongue excessivamente", a entidade reguladora não afasta a possibilidade de voltar a alterar as regras, impedindo aumentos de valor de 1 e 3%.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 19h15)