A longa travessia do leilão do 5G em Portugal continua, com a fase principal a avançar para o seu 40º dia. Nas seis rondas de hoje as licitações alcançaram os 255,64 milhões de euros, numa subida ligeira de 91 mil euros em relação ao dia anterior.

Ao todo, a soma das licitações da fase dos novos entrantes com as que foram hoje alcançadas hoje na fase principal já é superior a 339 milhões de euros, ultrapassando o preço de reserva fixado pela Anacom nos 237,9 milhões.

Novamente, as únicas mudanças a registar situam-se na faixa dos 3,6 GHz, onde hoje há subidas nas propostas de 14 dos 40 lotes disponíveis. Aqui há uma dinâmica de crescimento que leva a subidas rondar, no máximo, os 162% em relação ao preço de reserva.

No 36º dia, o terceiro dos lotes da faixa dos 2,6GHz registou propostas na ordem dos 5,246 milhões de euros, apresentando um crescimento 75% face ao valor de reserva de espectro. Anteriormente os lotes F1 e F2, tinham registado um crescimento de mais de 200% em relação ao preço de reserva.

Já a faixa dos 2,1 GHz é aquela que mais aumentou de preço durante o leilão, revelando-se de interesse estratégico para as operadoras. A faixa é vista como essencial para garantir maior capacidade de cobertura e uma atualização rápida da atual rede de 4G, mas também pode ser estratégica no futuro se for "recondicionada" para a quinta geração móvel.

O lote E1 registou uma subida de 400% em relação ao valor do primeiro dia de licitações, depois de começar logo a valer mais 1,409 milhões de euros do que os 2 milhões definidos na reserva de espectro. No terceiro dia passou a 10,4 milhões, subindo depois para 10,6 milhões, mantendo-se assim desde 22 de janeiro.

Na faixa dos 700 MHz, que ficou livre após a conclusão do processo de migração da TDT, o preço de licitação continua nos 19,2 milhões de euros e um dos lotes não recebeu ofertas desde o início da fase principal do leilão. Na faixa dos 900 MHz, os quatro lotes disponíveis também não registam alteração em relação ao preço de reserva de 6 milhões de euros.

A longa travessia do deserto no leilão do 5G. Fase principal dura há 40 dias e pode garantir encaixe de mais 100 milhões de euros
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O regulamento estipula que o leilão só chega ao fim quando não existirem novas licitações, fixando-se o valor final e cabendo à Anacom fazer a consignação e a atribuição das licenças. Porém, a demora no processo vai tornar impossível cumprir o calendário proposto pela entidade reguladora que queria ter serviços comerciais ainda no primeiro trimestre de 2021

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização 18h59)