A fase principal do leilão do 5G avançou hoje para o seu 181º dia. A alteração do regulamento do procedimento, que entrou em vigor ontem e que impede incrementos de 1% e 3%, determinando que as operadoras licitem com aumentos mínimos de 5%, parece surtir algum efeito, fazendo com que, nas 12 rondas de hoje, as licitações alcançassem 380,276 milhões de euros, num aumento de 4,777 milhões de euros face ao dia anterior, onde já se tinha registado um “salto” para a casa dos milhões.
Os mais recentes dados da Anacom dão a conhecer que o interesse dos operadores voltou a estar centrado na categoria J da faixa dos 3,6 GHz, em linha com a tendência dos últimos meses. Nesta faixa nativa do 5G há hoje subidas de 10% em relação às propostas de 2 lotes, assim como incrementos de 5% no que toca às propostas de 9 lotes.
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Em relação ao preço de reserva, 20 dos lotes desta categoria contam já com valorizações superiores a 470%. Já os lotes J03 e J23 contam agora com uma valorização superior a 500%. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes resulta agora num encaixe potencial de 464,627 milhões de euros.
Recorde-se que a implementação de novas regras no leilão do 5G não foi bem recebida pelos operadores e, depois da Altice Portugal, também a Vodafone interpôs uma providência cautelar para travá-las.
Fora do “braço de ferro” entre operadores e regulador, a NOS e a Ericsson revelaram hoje que a Escola Secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, está equipada com rede 5G no desenvolvimento de pilotos na área da Educação. Neste primeiro teste em ambiente escolar, foi realizada uma experiência de realidade virtual, ligando a escola ao Pavilhão do Conhecimento em Lisboa.
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O teste consistiu numa espécie de visita de estudo virtual ao Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva realizado pelos alunos da turma de Ciências e Tecnologias do 12º ano, utilizando uma solução de realidade virtual através do 5G. Com mais de 300 quilómetros a separar a escola à exposição, os alunos puderam interagir, de forma mais imersiva e real, com os conteúdos disponíveis na Sala Explora do Pavilhão do Conhecimento. Para tal foi utilizado um robot equipado com uma câmara de 360º, controlado pelos alunos.
“O 5G é algo que está a acontecer e a NOS está a fazer acontecer”, afirmou ao SAPO TEK Manuel Ramalho Eanes. Matosinhos tem sido palco de vários testes e o administrador executivo da NOS explicou que a empresa tem espetro provisório em diferentes zonas do país para usar nestes case studies, mas sem detalhar quais.
Sem querer comentar o leilão e a mudança de regras do leilão, Manuel Ramalho Eanes afirmou que a posição da empresa é conhecida e que espera calmamente o desfecho do processo e que é preciso olhar para a frente e ver como podemos trazer o 5G às famílias e às empresas.
“Estamos a trabalhar todos os dias para que o impacto [do atraso do leilão] seja o menor possível e que Portugal, o país, a sociedade, as famílias e as empresas, consigam, com o trabalho da NOS, tirar o máximo partido da tecnologia o mais cedo possível e acredito que vamos fazer bem esse trabalho e que podemos recuperar boa parte do atraso”, afirmou, admitindo porém que as condições de partida não eram fáceis e que por isso “vai exigir muito trabalho de todos”, garantindo que “a NOS aceita essa responsabilidade e vamos cumpri-la”.
Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 19h21)
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