As receitas do mercado das telecomunicações em Portugal baixaram nos últimos anos, seguindo uma tendência que é transversal na Europa. Por consequência o dinheiro destinado aos investimentos no sector também tem encolhido, mas Portugal continua a apresentar um bom desempenho na tentativa de cumprir os objetivos da Agenda Digital para 2020.



Entre 2010 e 2012 as receitas das operadoras de telecom baixaram de 5,9 mil milhões de euros para 5,36 mil milhões de euros, enquanto os investimento recuaram dos 1,08 mil milhões para os 770 milhões. Apesar das quebras, a Comissão Europeia destaca no relatório que a relação entre o dinheiro investido e as receitas conseguidas é superior em Portugal em comparação com a média europeia.



Na análise feita Portugal apresenta-se como um país onde existe cobertura de banda larga móvel em 99,7% do território nacional, apesar de a taxa de penetração rondar apenas os 24,6% - abaixo dos 29,9% da UE. Atualmente 8,1% das casas portuguesas têm um serviço de Internet com velocidade de 30Mbps, enquanto outros 3,7% têm velocidade de 100Mbps.



No que diz respeito à banda larga móvel, 95,3% do território nacional tem cobertura 3G, baixando para os 91,3% em 4G, mas a penetração total destes serviços junto dos utilizadores ronda os 37%. Muito abaixo dos 61,1% registados na média europeia.



No relatório europeu são ainda referidos os negócios da Zon com a Optimus, bem como o da Oni com a Cabovisão, dois acordos que são analisados como uma busca de “consolidação” por parte dos operadores.



A Comissão Europeia destacou ainda o lançamento da ferramenta da Anacom que permite medir a velocidade de Internet dos utilizadores.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico