A Vodafone disponibiliza, a partir de hoje, para o mercado português, o primeiro serviço 3G de dados para empresas e particulares. Focado sobretudo no mercado empresarial, o Mobile Connect Card permite velocidades de transmissão de dados até 384 kbps, "tem um sistema de instalação de software plug and play e oferece garantias de segurança através de um mecanismo de encriptação de dados", explica António Coimbra vice-presidente da Vodafone.



Para já, a Vodafone dispõe de cobertura UMTS nas zonas de Lisboa, Porto, Coimbra e Aveiro. Fora destas localizações, o cartão é suportado de forma automática pela rede GPRS da operadora, disponível em todo o país.



Fora do país, a Vodafone está ainda a negociar acordos de roaming sobretudo nos países onde a operadora está presente. António Coimbra explica no entanto que num prazo máximo de dois meses este trabalho deverá estar concluído. "O Mobile Connect Card pode ser configurado exclusivamente para GPRS resolvendo temporariamente a falta de cobertura UMTS fora dos limites geográficos do país", acrescenta o responsável.



O Connect Card pode ser adquirido por 587,4 euros (mais IVA) e é tarifado de duas formas distintas. Num modelo pay as you go existe uma tarifa base por KB de 0,004 euros que se adequa a três perfis distintos de consumo: uso intensivo, pacotes de 10MB ou pacotes de 50MB. Estas três categorias de tarifários são igualmente aplicadas para os clientes que preferem um sistema de mensalidade. Contudo, até ao dia três de Março os 500 primeiros clientes vão beneficiar de tráfego ilimitado, entrando os tarifários em vigor depois dessa data.



Segundo testes realizados pela Vodafone o Mobile Connect Card é cerca de 10 vezes mais rápido que a tecnologia GPRS, a desenvolver uma mesma tarefa, seis vezes mais rápido que o RDIS e muito idêntico ao ADSL mantendo uma velocidade média de transmissão de dados entre os 200 a 300 kbps.



O pacote, disponível no mercado a partir de hoje, é composto pela placa 3G, CD de instalação de software e um manual de utilizador. Trata-se de uma placa PCMCIA do tipo 2, com uma memória de 16 MB, compatível com a generalidade das versões do sistema operativo Windows.



Para já, a operadora não equaciona descontinuar as placas GPRS que tem disponíveis no mercado (embora as novas placas permitam funcionar exclusivamente suportadas com esta tecnologia), mas admite estar a trabalhar numa oferta com condições mais atractivas para os seus clientes que pretendam migrar do GPRS para placas 3G.



A Vodafone investiu até final de 2003 cerca de 220 milhões de euros no UMTS, dos quais 100 milhões de euros correspondem ao valor da licença. Ao longo deste ano a empresa admite investir à volta de 100 milhões de euros, o mesmo valor que despendeu desde que lhe foi atribuída a licença, uma vez que terá de expandir a rede, adquirir terminais e comunicar novos produtos.



Até finais do próximo ano a Vodafone pretende cobrir 30 por cento do território nacional, conforme se comprometeu na licença. António Coimbra lembra no entanto que a expansão da cobertura não deverá ser definida "por decreto", mas atendendo à evolução no mercado, que caso se revele muito positiva poderá mesmo levar os operadores a antecipar o cumprimento de algumas metas, explicou.



Já no próximo mês de Março a Vodafone vai estender a sua cobertura UMTS a Braga e em Junho às principais zonas do Algarve.



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