A NOS inaugurou hoje o seu novo HUB 5G, no seu edifício no Parque das Nações, em Lisboa e pretende ser um laboratório vivo, colaborativo e de cocriação para o desenvolvimento de 5G a nível nacional. A empresa diz que investiu cerca de 1,8 milhões de euros no novo centro, que foi criado como um espaço de ideação, experimentação e transformação tecnológica, naquela que pretende ser a materialização da ambição e capacidade da empresa, procurando a liderança no desenvolvimento do 5G

Miguel almeida, presidente executivo da NOS, salienta a cerimónia simbólica da inauguração do espaço, destacando que o novo espaço 5G pretende ser de capacitação de empresas, startups, universidades e parceiros da empresa, oferecendo capacidades técnicas, as suas equipas e recursos numa área de 464 metros quadrados. Pretende que acrescente valor na vida das pessoas e organizações. “Somos muito crentes no 5G e na sua capacidade de transformação da sociedade. Sem um 5G forte não será possível essa transformação da sociedade”, refere. Diz que o sucesso do 5G em Portugal será crítico para a sustentabilidade da sociedade e transformação digital.

Destaca que sempre traçou uma estratégia de liderança, sendo visível nos seus use cases, nos diversos sectores da atividade, desde a educação (com a escola de Matosinhos), no Hospital da Luz, na Fábrica da Sumol, entre outros espaços onde já inseriu o 5G. Pretende investir em empresas, tem 10 milhões em três startups, mas pretende continuar a investir em mais. A empresa diz que foi a primeira a oferecer serviços 5G depois do leilão.

Foi referido que a NOS tem quatro vezes mais estações que o operador seguinte em 5G e já tem cerca de 80% dos portugueses, como hoje de manhã a Anacom salientou no seu comunicado. Miguel Almeida resume assim estes dois anos de investimento, com mais de 350 milhões de euros em exclusivo na infraestrutura do 5G em Portugal. O novo espaço faz parte dessa ambição de liderança, diz o presidente da NOS, aquilo que diz ser a sua contribuição no 5G, de forma vibrante.

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O CTO da NOS, Jorge Graça, explicou com mais detalhe o projeto do NOS HUB 5G, dizendo que mais que um espaço, é um ecossistema aberto, de discussão e um enfâse na construção de novas soluções com impacto. Tem três peças que vão fazer diferença: a primeira é a rede privada para experimentação, ou seja, recursos 5G para as empresas testarem, de forma simples e fácil, a sua tecnologia, sem a preocupação habitual nas redes de experimentação de novas tecnologias. Qualquer startup ou developer pode ter acesso.

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A segunda componente é o Core standalone 5G, ou seja, não está ancorado em tecnologias antigas, o que vai oferecer todas as features de nova geração, assim como as promessas como a velocidade, latência e outras tecnologias de ponta, a nível mundial, acessível a todas as empresas portuguesas. Por fim, o terceiro componente, é a disponibilização das funções de rede, o layer de software, para a criação em cima da sua rede. Ou seja, não ser o operador a criar os serviços, mas a desagregar e oferecer às empresas o espaço e a rede ao serviço das necessidades das empresas. “Acreditamos que são a combinação destes três fatores, que vai ser possível criar esse ecossistema amplo de cocriação com as equipas da NOS”. A NOS já tem os use cases que podem servir de benchmark às empresas.

Manuel Ramalho Eanes, administrador executivo da NOS, salientou o potencial tecnológico disruptivo, que o 5G vai oferecer e pretende que as empresas tirem o melhor partido da tecnologia oferecida. O que pretende fazer neste espaço, possibilitar às empresas o acesso a 50 profissionais disponíveis no seu ecossistema, composto ainda por 20 parceiros e as 26 soluções já disponíveis e que podem ser consultadas.

Por outro lado, pretende ser um catalisador de tecnologia 5G disponível em Portugal. O Hub vai permitir idealizar, testar e demonstrar as soluções 5G criadas, e que pretende ensaiar nos próximos anos nesta tecnologia. Diz que é pioneira em Portugal, mas também na Europa, o espaço, onde se vai testar segurança, indústria e outros sectores da sociedade. Acredita que também é uma peça na competitividade das empresas, em que o espaço pode ligar outros polos na Europa ou no estrangeiro, com parceiros com quem tem ligação estreita. Aproveitar o que melhor se faz na Europa para acelerar o desenvolvimento da tecnologia. Foi um grande investimento em Portugal, de 1,8 milhões de euros, com 50 profissionais dedicados, 28 soluções de 20 parceiros, alguns deles disponíveis para experimentar no espaço. A Nokia e Accenture são parceiros fundadores do projeto.

Na visita guiada mostrada em vídeo, o espaço pretende ser transformador, constituído por cinco zonas: um anfiteatro, uma demo plazza, um training meeting, workspace 5G Lab e 5G Advanced. O 5G standalone vai ser a próxima geração do 5G e a NOS pretende manter o pioneirismo no seu espaço. Todos os espaços estão ligados à infraestrutura da NOS, sejam os seus data centers ou cloud.

No workspace 5G Lab vai permitir ter empresas para trabalhar em soluções com a NOS, desde o planeamento, prototipagem, ao lançamento dos produtos. No anfiteatro e o demo plazza são os locais onde se podem demonstrar as suas soluções 5G. O 5G Advanced é uma montra de tudo aquilo que melhor se faz em 5G, com diversas aplicações de mission critical, por exemplo, assim como outras soluções de baixa latência. No training meeting, é o local de formação a suporte a todas as empresas e colaboradores que vão trabalhar com a NOS sobre os assuntos de 5G.

Uma das demonstrações foi colocado uma câmara de tráfego na própria avenina, em frente ao edifício, onde se podem identificar cada tipo de veículo, contando os que passam na estrada. Pode verificar onde as pessoas passam na estrada, podendo-se tirar informações de que as pessoas não estão a usar as passadeiras. Outra solução IoT foi um sistema de rega inteligente, que permite controlar os sistemas do edifício, programar, regular a quantidade de água usada, etc. O sistema decide se vai regar ou não baseado nas condições meteorológicas, por exemplo.

O Sec. de Estado Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo, diz que estar hoje na Expo a testar o 5G, o fez lembrar na Expo 98, que também foi uma estreia de muitas novidades tecnológicas, “não o 5G, mas talvez na altura o 3G”. “Quando visitamos este tipo de ecossistemas aberto, estamos ao mesmo tempo a ter contacto com o futuro, a dar um salto para a frente, e as tecnologias que vão coabitar connosco”, salientou. As opções diferentes de controlar ou gerir o tráfego, ou como fazer o melhor planeamento da cidade, mas também fazer melhores políticas públicas. “Não há futuras políticas públicas sem informação” e que as informações são vitais para melhor planear, apontando o exemplo dado das passadeiras na estrada.

Num espaço colaborativo é possível experimentar e testemunhar como o futuro se torna cada vez mais próximo de nós, destaca o secretário de Estado. Diz que o futuro não é apenas mudar do analógico para o digital, ou o físico para o digital, mas sim uma simbiose entre os dois que formam o mundo real. O 5G ultrapassa todos os paradigmas tecnológicos, reforça, com a melhoria dos sensores, a latência baixa em casos de mission critical podem ser essenciais.

Há muito do core do 5G que é feito por software e que permite aos respetivos colaboradores criarem a sua própria rede 5G. “Permitir que o tempo e o espaço sejam variados e cada vez mais coincidências na nossa ação como seres humanos”. Aproveitar o máximo do potencial para melhorar a vida das pessoas e em última análise, e para o Governo, ser um país digital é uma prioridade. E todas essas fases, apresentadas pela NOS, aplicam-se a nível nacional: a idealização, prototipagem, teste, lançamento de produtos, referiu Mário Campolargo.

A ideia do risco, o medo de errar ou que a solução não seja viável, é para isso que serve este tipo de hub tecnológico, a possibilidade de expô-los a todos. Este tipo de experimentação permite diminuir os riscos de novos conceitos tecnológicos. O desafio não é apenas para o Governo ou para a NOS, mas para todos, reforçando a capacidade da sociedade em inovar, mesmo que a tecnologia acabe por ficar obsoleta. "Não estamos no NOS Alive, mas sim no NOS 5G Alive".

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