O programa de recolha de meta-dados de telefonemas e mensagens a que a Agência Nacional de Segurança norte-americana (NSA) estaria (e continua, por enquanto) autorizada prevê apenas a coleta e armazenamento de informação sobre o emissor e o recetor, a par da hora da realização da chamada ou envio da mensagem.

Documentos recém-revelados pela imprensa internacional mostram, contudo, que a agência parece ter tido alguma dificuldade em cingir-se apenas à recolha dessas partes de informação. Em vez disso, foram guardados os textos completos das mensagens e dos emails.

De acordo com um dos relatórios, da autoria do juiz John Bates, do Tribunal de Vigilância e Inteligência Estrangeira (FISC), a NSA "ultrapassou o âmbito da recolha autorizada continuamente, durante os anos de aquisição".

O magistrado critica a falta de capacidade da NSA de se "autofiscalizar", já que no seu entender a agência falhou na comunicação das diretrizes aos responsáveis pelo programa de recolha de dados.

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