No final do primeiro trimestre deste ano, que terminou a 31 de março, 92,1% da população portuguesa residente eram clientes de um serviço de telefonia móvel. A taxa de penetração do serviço móvel era de 158,4 por cada 100 habitantes, baixando a taxa de utilização efetiva para 124 por cada 100 habitantes.

Os altos valores de serviços móveis registados em Portugal foram insuficientes para evitar que o número de telemóveis ativos em Portugal caísse para os 13,1 milhões, o valor mais baixo desde 2010 segundo o relatório publicado pela Anacom. No total existem 16,7 milhões de estações móveis "habilitadas a utilizar o serviço".

Atualmente os telemóveis são mais do que simples terminais para realizar chamadas ou enviar mensagens. O gráfico seguinte compila quais as ações que os portugueses mais realizam com os telemóveis:

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O número de minutos de conversação por estação móvel foi de 147 por mês, 116 dos quais foram feitas entre números da mesma rede e apenas 18 minutos para outras redes. Estes valores estão em conformidade com as médias registadas no último trimestre de 2012 e nos primeiros três meses desse ano, sendo possível falar-se numa estagnação no consumo de chamadas.

O mesmo já não pode ser dito do Short Message Service (SMS). O número de mensagens escritas caiu 2,6% no espaço de um ano para as 6,6 mil milhões de unidades - diminuição que pode ser explicada com o uso cada vez mais frequente de plataformas de comunicação escritas alternativas como as redes sociais ou aplicações de messaging.

As MMS continuam sem conquistar os portugueses, apesar do crescimento de 3,7% registado entre o primeiro trimestre de 2012 e o mesmo período de 2013 - entre janeiro e março foram enviadas 39.049 mensagens multimédia. A Anacom estima que apenas 15% dos números móveis de telefone fazem uso desta tecnologia de comunicação.

Em desuso parecem também estar as videochamadas que pelo 11º trimestre consecutivo apresentam uma quebra de utilização. Nos primeiros três meses do ano foram realizadas 374 mil videochamadas.

Todos os fatores em conjunto contribuíram para uma queda de 7,3% das receitas geradas pelos serviços de telefonia móvel, que se situou nos 530 milhões de euros.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico