O princípio de pagar o mesmo custo de comunicações como se estivesse no seu país de origem em qualquer estado da União Europeia foi passado a letra de lei em junho de 2017 depois de muitos anos de discussão e de uma redução gradual de preços que começou em 2006 com a Eurotarifa. Para além dos 28 países da EU juntaram-se à lista o Liechtenstein, a Islândia e a Noruega, onde é possível a um visitante europeu falar ao telemóvel ou utilizar a internet e o email sem pagar nenhum custo adicional, consumindo minutos e MB do seu plafond mensal.
Apesar dos benefícios notórios para os consumidores, que passaram a usar o telemóvel sem limites dentro do espaço europeu, a indústria de telecomunicações foi avisando que a medida não era positiva para as operadoras, e que criava desigualdades entre os países, prejudicando sobretudo os que acolhem mais turistas. A Apritel, a associação de operadores portugueses, mostrou isso mesmo num estudo partilhado em 2017.
Ainda a dois anos do fim da legislação que definr o “roam like at home” a Comissão Europeia quer agora saber o que o mercado pensa sobre a forma de dar continuidade à medida, e examinar opções para o futuro, e tem em curso uma consulta pública que decorre até 11 de setembro, e na qual pretende ter a participação das operadoras, associações e empresas mas também de utilizadores.
Em 2014 quatro em cada dez portugueses que viajava na Europa admitia que desligava o telefone para evitar custos adicionais, um cenário atualmente ultrapassado e uma memória que dificilmente querem repetir
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