Apesar de existirem ainda algumas barreiras e necessidade de clarificação de questões legais e regulatórias, Pdro Norton de Matos, presidente da Oni, reforçou hoje o empenho da operadora em pôr de pé a primeira experiência comercial de Power Line Communications até ao final do primeiro semestre deste ano. Hoje mesmo a tecnologia foi mostrada na Escola Vasco da Gama em Lisboa, onde a Oni já prometeu que vai manter o equipamento, facilitando à escola o acesso à Internet com as potencialidades da Banda Larga.



Esta demonstração prática do funcionamento da tecnologia segue-se a testes piloto, considerados muito positivos por Pedro Norton de Matos. "A próxima fase é alargar a 5, 10 mil utilizadores que permitam verificar um modelo de negócio e a sustentabilidade do PLC para permitir concorrer com outras tecnologias de acesso", explicou o presidente da Oni.




Pedro Norton de Matos, lembrou que algumas tecnologias provaram que o seu modelo de negócio não permitia a massificação do serviço. Neste caso o presidente da Oni deu o exemplo do FWA que é uma tecnologia estabilizada e com elevado potencial mas que pode ser rentabilizada apenas em zonas com grande tráfego e número de utilizadores.



Relacionado com o modelo de negócio está também o enquadramento regulatório, taxas e custos do sistema. "É um tema que está a ser discutido em termos europeus e em Portugal também se vai dar início a essa discussão, mas seguramente é preciso a vontade da politica de telecomunicações de apoiar esta tecnologia e criar alternativas à ditadura actual de ter dois acessos, cobre e cabo, que estão nas mãos do mesmo operador", complementou o Presidente da Oni.



Segundo este responsável, a Oni tem todas as condições para iniciar o piloto comercial apesar desta indefinição regulatória, já que detém a licença de operação de telecomunicações e Internet. Outras experiências que estão a ser realizadas na Europa podem contribuir para o desenvolvimento de um enquadramento legal e regulatório para esta tecnologia, mas para já "este é um caminho que se vai fazendo", referiu o presidente da operadora.



Embora defendendo que a fase do piloto comercial deverá ser rápida no interesse dos utilizadores, Pedro Norton de Matos disse que não consegue prever qual a duração deste teste, pelo que não pode adiantar uma data para o início comercial do serviço. Para já a operadora quer atingir a cobertura da Grande Lisboa, Grande Porto e algumas das principais cidades.



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