A TMN, Optimus e Vodafone assinaram um protocolo de colaboração com o Instituto das Telecomunicações através do qual passam a apoiar o projecto monIT, que se dedica à monitorização nas radiações electromagnéticas emitidas pelas antenas das redes móveis. O monIT assume o histórico de investigação do projecto ITEM e a mesma equipa, mas conta com um âmbito de actuação mais alargado.



O ITEM foi iniciado em Novembro de 2001 e contava desde 2003 com o apoio da Vodafone Telecel, tendo conseguido a colaboração das Câmaras Municipais de Sintra, Cascais e Loures. Até aos primeiros meses deste ano tinha sido acompanhada a evolução dos campos electromagnéticos em 15 locais dos três concelhos abrangidos, para além de 166 medições pontuais realizadas em locais próximos de estações da Vodafone, em 13 distritos do Continente e da Madeira. De acordo com comunicado da Vodafone, a empresa tinha investido mais de 440 mil euros neste projecto.



O monIT conta agora com financiamento dos três operadores móveis de forma a que ao longo do próximo ano e meio sejam efectuadas medições em mais de 400 locais junto das antenas dos operadores, estando também previstas a medição remota em três cidades portuguesas em simultâneo. O valor total deste financiamento não foi revelado.



Tal como já acontecia antes, o monIT pretende avaliar de forma objectiva os riscos inerentes à exposição a campos electromagnéticos através da quantificação dos níveis de exposição e posterior comparação com os limites de segurança estabelecidos por organismos internacionais e a legislação em vigor. A informação é depois colocada no site que contém também dados explicativos sobre as radiações electromagnéticas das antenas de telecomunicações e outras fontes de ondas electromagnéticas.



Em comunicado as operadoras referem que o monIT responde a uma crescente procura de informação acerca dos eventuais efeitos da energia electromagnética emitida pelas antenas dos sistemas de comunicações móveis, acrescendo este projecto a iniciativas que cada uma das empresas mantinha já ao nível do controle nas suas próprias redes.

Apesar de apoiarem financeiramente o monIT, o contrato impede as operadoras móveis de retirarem como contrapartida "qualquer possibilidade de interferência nos resultados do projecto ou nos conteúdos informativos disponibilizados neste site", como se pode ler na informação publicada pela equipa do projecto.



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